Envelhecimento de homens gays brasileiros

Abstract

O presente artigo objetivou analisar as representações sociais de homens gays brasileiros sobre a velhice LGBT, com base na Teoria das Representações Sociais. Foi utilizada uma entrevista semiestruturada realizada com homens gays residentes de todo o Brasil. Utilizou-se a Classificação Hierárquica Descendente (CHD) e a Análise Prototípica para a análise das representações apreendidas. Os resultados obtidos demonstram o enraizamento das representações em aspectos negativos da velhice e a negação da sexualidade nessa fase da vida, onde estes reforçam o preconceito e corroboram com a dupla discriminação vivenciada por idosos LGBTs.

As contribuições da psicologia na saúde mental de idosos homoafetivos: uma revisão da literatura

“…LGBTQIAP+, 24,19% dos participantes não reconheciam a velhice LGBTQIAP+, além de não se verem como futuros idosos homoafetivos. A maioria das representações identificadas era negativa, com palavras que caracterizavam solidão, preconceito, medo e dificuldade, sendo que as próprias pessoas homoafetivas promulgam esses estereótipos (Gomes et al, 2020).…”

“…Contudo, o grupo passa por dificuldades, muitas vezes sendo marginalizado da sociedade sofrendo com o duplo estigma, o de ser idoso e ser uma pessoa homoafetiva, preocupando-se com sua imagem corporal satisfatória, já que o corpo está relacionado com a identidade e consequentemente esta, com a sexualidade (Silva et al, 2016) Outro ponto a ser destacado se refere à heteronormatividade na sociedade e na forma de expressão e vivencia da sexualidade (Gomes et al, 2020). Assim como na imagem do próprio corpo das pessoas homoafetivas que sofrem influência do patriarcado, no qual o homem gay deve conter aspectos mais "femininos", enquanto as mulheres lésbicas aspectos "masculinos" (Martins et al, 2016).…”

Mujeres transexuales y vejez: representaciones sociales en el contexto de la pandemia

“…That is, noncisheterosexual people grow and develop surrounded by prejudice and discrimination. Therefore, these conditions directly influence the full experience with sexuality, as well as the mental health of this population (Gomes et al, 2020). Thus, the presence of paradigms and negative stigmas of trans women in relation to the aging process is observed, as they point out: «Trans old age should be a privilege, but it becomes a burden» (Rogéria, 46 years old, white trans woman, informal job).…”