2000
DOI: 10.9771/aa.v0i23.20979
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Entre o Brasil e a Bahia: As comemorações do Dois de Julho em Salvador, século XIX

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“…Logo, as questões do Estado não eram alheias aos populares, que se sentiam coparticipantes da vida da nação, porém inscrevendo localmente sua fundação e rejeitando a narrativa nacionalista oficial do Império brasileiro. Kraay (1999) salienta que este caráter tem vinculação direta com a diversidade dos setores da sociedade baiana que participaram do processo de independência, e que se replicam e reatualizam nos grupos que participam de suas comemorações ao longo do século XIX. Em artigo que explora o papel do "índio" na Festa do Dois de Julho, Sampaio (1988, p. 156) comenta que os primeiros anos do desfile em louvor à independência terminavam com o saque e a depredação das casas comerciais de portugueses, assumindo uma forma de protesto dos populares que haviam lutado na guerra de independência contra a manutenção do sistema de privilégios e da estrutura social do período colonial.…”
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“…Logo, as questões do Estado não eram alheias aos populares, que se sentiam coparticipantes da vida da nação, porém inscrevendo localmente sua fundação e rejeitando a narrativa nacionalista oficial do Império brasileiro. Kraay (1999) salienta que este caráter tem vinculação direta com a diversidade dos setores da sociedade baiana que participaram do processo de independência, e que se replicam e reatualizam nos grupos que participam de suas comemorações ao longo do século XIX. Em artigo que explora o papel do "índio" na Festa do Dois de Julho, Sampaio (1988, p. 156) comenta que os primeiros anos do desfile em louvor à independência terminavam com o saque e a depredação das casas comerciais de portugueses, assumindo uma forma de protesto dos populares que haviam lutado na guerra de independência contra a manutenção do sistema de privilégios e da estrutura social do período colonial.…”
Section: Interdisciplinarunclassified
“…O caboclo remete à identidade indígena e foi legitimado na festa em meados do século XIX, quando se introduziua versão feminina, a cabocla, assim como um espaço especial de culto para eles com a construção de um pavilhão especial para guardar seus carros alegóricos. O símbolo síntese adotado pela festa permitia, segundo Kraay (1999), legitimar a nação recém-independente em um passado indígena e associar a nova nação brasileira aos seus integrantes não brancos, permitindo um afastamento da "ameaça" da representação de negros e portugueses. Entretanto, compreendemos também a resistência religiosa e política pela associação da figura do caboclo e da cabocla com as religiões de matrizes afro-brasileiras.…”
Section: Interdisciplinarunclassified
“…Um ano após a batalha, foi realizado em Salvador um cortejo informal em comemoração ao primeiro ano da independência. Reproduzindo o "trajeto da entrada triunfal das tropas brasileiras na capital" (Reis, 1999, p. 13), um senhor indígena foi colocado em um carro do antigo exército português e o desfile seguiu pelas ruas da cidade (Kraay, 1999;Teles dos Santos, 1995;Albuquerque, 1999). Tal desfile foi ainda repetido nos anos de 1825 e 1826, quando nele se destacou um novo carro alegórico com uma estátua de um índio, o caboclo, vestido de penas e portando arco e flecha, pisoteando a tirania representada por uma serpente (Kraay, 1999).…”
Section: Maíra Valeunclassified
“…no debate entre os caboclos e o Dois de Julho: Wlamyra Albuquerque (1999), Hendrik Kraay (1999), Ordep Serra (1999, João José Reis e Eduardo Silva ([1989] 2005). Na antropologia, Jocélio Teles dos Santos (1995) buscou entender a relação entre a entidade caboclo e as religiões de matriz africana.…”
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“…Não entrarei nessa discussão aqui e tomo como dado se tratar de uma casa de nação Angola, já que assim ela me foi apresentada e a minha pesquisa não aborda de modo aprofundado a liturgia do Candomblé e a sua divisão entre nações, tema que rende profícuos e acalorados debates tanto entre o povo-de-santo, como entre acadêmicos.116 Símbolos nacionais são comuns no culto aos caboclos na região, tanto pela sua qualidade de donos da terra, como pelo simbolismo indígena da Independência do Brasil nas comemorações cívicas desse acontecimento na Bahia. Para a relação entre a figura ou entidade do caboclo e os festejos da Independência no estado da Bahia, verAlbuquerque (1999),Kraay (1999) eReis (1999). Já para esta mesma relação no caso dos festejos da Independência nas cidades de Cachoeira e São Félix, verVale (2018).…”
unclassified