Enteroparasitos, indicadores socioculturais e de saúde em uma população de 0 a 18 anos do município de Santo Antônio de Jesus (Bahia) - período de 2010 a 2011<br>Enteroparasites, socio-cultural indicators and health in a population from 0 to 18 years fro

Abstract

O estudo traçou um perfil da infecção por enteroparasitos, dos indicadores socioeconômicos e de saúde com crianças/adolescentes residentes em Santo Antônio de Jesus/Bahia (de novembro de 2010 a agosto de 2011), com preenchimento de questionário e realização de parasitológicos de fezes. Houve predominância do sexo masculino (53,2%); idade média de 6,44 anos; 75% com parasitológicos de fezes positivos; maior prevalência de eutróficos (70,9%); 72,6% das crianças/adolescentes com parasitológico de fezes positivo também apresentando sintomatologia. Maior positividade foi encontrada em crianças/adolescentes com responsáveis que possuíam ensino fundamental incompleto (47,0%). A respeito das manifestações alérgicas: 17,9% possuíam diagnóstico para asma; 34,0% para rinite; e 13,5% para eczema. Encontrou-se elevada prevalência de enteroparasitos que pode ser consequência das precárias condições sociais e de saneamento em que vive a população.

Enteric parasitic infections in children and dogs in resource-poor communities in northeastern Brazil: Identifying priority prevention and control areas

“…As for the risk factors for enteric parasites, children older than one year are at higher risk of infection. By that age children become exposed to more sources of environmental contamination [16,20,38]. There are also social determinants in the transmission of disease.…”

“…Giardia duodenalis and Ascaris lumbricoides are the enteric parasites most frequently found in Brazilian children [13,16], while in Brazilian dogs there is a greater prevalence of Ancylostoma [17,18]. Income level, education, sex and age are the main variables associated with these infections [19,20].…”

Enteroparasitoses em escolares do Nordeste brasileiro: Uma revisão bibliográfica

“…Nos estudos em que a maioria foi do sexo masculino tinham como justificativa o maior número de exames coprológicos realizados, que crianças do sexo masculino interagem mais que o feminino com os ambientes contaminados, andam descalços, não possuem hábitos higiênicos e, culturalmente, as brincadeiras permitem maior sujidade entre os meninos, além da desatenção aos cuidados à saúde (Carvalho et al, 2016;Maia et al, 2015;Pereira et al, 2018;Sampaio & Barros, 2017;Silva &Andrade et al, 2018;Soares et al, 2016).…”

“…A baixa prevalência de helmintos foi justificada pelo uso indiscriminado de anti-helmínticos que reduz a prevalência, mas não acaba com o ciclo epidemiológico, possibilitando novas reinfecções (Carvalho et al, 2016;Maia et al, 2016;. Outro ponto levantado diz respeito ao método utilizado para detecção dos parasitos, pois a técnica de sedimentação espontânea utiliza apenas uma lâmina com amostra fecal e não leva em consideração a eliminação intermitente, assim, seria mais fidedigno a utilização de mais de um método de análise coproscópica (Asevedo et al, 2017;Maia et al, 2016;Sá-Silva et al, 2015).…”

“…Carvalho et al (2016) encontraram uma pequena predominância de sexo masculino (57,3%) ao feminino (42,7%), mas não foi avaliado estatisticamente. Constataram também a elevação progressiva da prevalência de parasitos intestinais dos indivíduos até os 11 anos, idade a qual atingiu o pico com 18,8%, e queda abrupta e progressiva a partir dos 12 anos, atingido 2,6% nos jovens com menos de 18 anos (Carvalho et al, 2016). Lazzari et al (2019) perceberam que não houve diferença estatística na prevalência de enteroparasitoses entre os sexos.…”