As enteroparasitoses constituem um sério problema de saúde pública em razão do elevado número de pessoas acometidas e das alterações orgânicas que podem ser causadas. Atingem indivíduos de todas as faixas etárias, mas principalmente as crianças em idade escolar. Assim, o objetivo consiste em construir uma revisão bibliográfica sobre enteroparasitismo em crianças no Nordeste Brasileiro entre os anos de 2015 a 2020. A pesquisa é do tipo descritiva e qualitativa, cujo material foi oriundo dos resultados encontrados nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde e Google Acadêmico. Foram encontrados 160 estudos. Após aplicados os critérios de inclusão e exclusão, analisaram-se 37 artigos, sendo 1 do estado de Alagoas, 1 do Sergipe, 1 do Rio Grande do Norte, 2 do Pernambuco, 4 da Bahia, 5 do Piauí, 7 do Ceará, 8 da Paraíba e 8 do Maranhão. Foi possível constatar que a prevalência de enteroparasitoses em crianças ainda é um problema no Nordeste brasileiro e permanece alta, indicando dificuldades no acesso à educação sanitária e no controle das infecções. Dessa maneira, fica evidente a necessidade de medidas que diminuam ou até eliminem processos de infecções, como ações profiláticas e atividades educativas em saúde.
O nordeste brasileiro possui elevada importância epidemiológica para Doença de Chagas (DC), uma vez que possui elevada concentração do vetor transmissor. O estado da Bahia apresenta números expressivos da endemia chagásica. Dessa maneira, esse estudo teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico da DC em uma população rural da Bahia. Estudo de caráter quantitativo e descritivo na comunidade rural Rio do Sal, município de Paulo Afonso/Bahia. Foi utilizado aplicação de questionário epidemiológico com 64 pessoas e análise de 108 prontuários, e posteriormente, análise dos dados. A prevalência de DC encontrada foi de 0%. A idade média entre homens e mulheres foi 44 anos, predominando as mulheres na pesquisa (82,81%). As ocupações foram: aposentados (20,32%), desempregados (53,12%), empregados (23,43%) e estudantes (3,13%). Do nível de escolaridade, (9,38%) são analfabetos; (40,63%) possuem ensino fundamental incompleto e (12,50%), ensino fundamental completo. Todos os indivíduos residiam em casa de alvenaria. O conhecimento sobre o vetor transmissor e a doença era insatisfatório. Quanto aos dados dos pacientes analisados em prontuário, (35,19%) tem hipertensão arterial sistêmica (HAS) e (7,41%), insuficiência cardíaca. No entanto, somente 9 pacientes haviam realizado o eletrocardiograma, sendo 1 alterado. Além disso, nenhum dos pacientes possuía sorologias para DC. Nesse contexto, observou-se que o perfil epidemiológico na área estudada é de um indivíduo adulto, com idade entre 40-50 anos, do sexo feminino, com baixa escolaridade, desempregado, com a HAS como principal comorbidade e sem diagnóstico para doença de Chagas.
As doenças tropicais negligenciadas são associadas às populações desfavorecidas socioeconomicamente e muitas delas apresentam alta prevalência no Nordeste brasileiro. Diante disso, o objetivo desta revisão de literatura foi descrever o perfil epidemiológico da leishmaniose, da esquistossomose e da doença de Chagas nessa região, bem como os determinantes sociais envolvidos na manutenção dessas doenças. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura do tipo descritiva. Foram detectados cem artigos publicados entre 2012 e 2017 nas bases bibliográficas. Desses, 72 foram selecionados para leitura completa. Após leitura integral e aplicação dos critérios de seleção, restaram 39 artigos. Os resultados convergentes para as três doenças estudadas relacionaram-se às condições inadequadas de vida em sociedade, à baixa escolaridade e à organização falha da estrutura habitacional. A partir da descrição do perfil epidemiológico dessas enfermidades, foi possível ratificar que as variáveis sociais são determinantes para a manutenção dessas condições de saúde. Por fim, os fatores identificados neste estudo foram válidos visando a construção do mapeamento de áreas de risco, além de serem importantes para estudantes da área da saúde, uma vez que compõem o acervo de estudos disponíveis e necessários na capacitação de futuros profissionais no enfrentamento de tais problemas sociais.
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