Agradeço, primeiramente, a todas as famílias Kalungas que me receberam tão calorosa e atenciosamente em seus lares e em suas terras, tornando minha pesquisa de campo sempre agradável, instrutiva, saborosa e divertida.Agradeço aos professores e colegas que tanto me ensinaram ao longo destes dois anos, apresentando-me as mais diversas áreas do conhecimento, graças a uma vivência que só ocorrre em ambientes interdisciplinares, como o que encontrei no CDS.Agradeço ao professor José Luiz de Andrade Franco por ter acreditado desde o início nas minhas capacidades académicas, mesmo quando eu não acreditava, me instruindo, direcionando e podando sempre que necessário.Agradeço à professora Ludivine Eloy que me acolheu e guiou nessa jornada, por apresentar-me a um universo teórico, até então desconhecido, e ao mundo das pesquisas de campo.Agradeço ao Betão, à Claudinha, ao Domingos, à Divina, ao Calixto e à Fiota por terem colaborado tão prontamente com a pesquisa de campo, com as apresentações, caronas, estadias e refeições.Agradeço aos amigos de Cavalcante por terem feito com que eu me sentisse em casa desde meu primeiro dia na cidade e por me alegrarem e consolarem sempre que precisei.Agradeço a todos os funcionários da Pousada Aruana que cuidaram de mim com enorme carinho e atenção, tornando-a meu segundo lar (com wi-fi).Agradeço a Mari, amiga-irmã, por ter me ajudado a manter a sanidade nos momentos difíceis e por compartilhar a euforia nos momentos alegres.Agradeço aos meus irmãos, Nina, Matheus, Raphael e Daniela, por todo o carinho e pela oportunidade de ser um exemplo melhor.Mas acima de tudo, eu agradeço aos meus pais e aos meus avôs por todo o investimento que fizeram na minha educação ao longo dos anos, garantindo que nada me faltasse e permitindo que eu me sentisse livre para escolher meu próprio caminho."O alimento não é uma mercadoria, é um direito humano."
Camila Montecinos
RESUMOEsta pesquisa analisa o impacto de políticas sociais e alimentares na segurança alimentar de populações tradicionais do Cerrado, escolhendo como estudo de caso o território quilombola Kalunga, localizado no nordeste goiano. A partir de observação participante, de entrevistas, de percursos comentados e de mapeamento participativo em duas comunidades (Engenho II e Vão de Almas), identificamos as principais características e transformações dos sistemas produtivos e alimentares. Além disso, aplicamos 11 questionários para avaliar o estado da segurança alimentar das famílias. O turismo, as distribuições de cestas básicas e os programas de transferência condicionada de renda influenciam diretamente as estratégias produtivas e práticas alimentares, porém sem levar ao abandono das práticas agrícolas tradicionais e da agrobiodiversidade. Ao adotar estratégias de diversificação de renda, baseadas na multilocalidade e na mobilidade entre comunidade e cidades, a maior parte das famílias consegue diminuir sua insegurança alimentar. Isso nem sempre implica na soberania alimentar, e por isso refletimos sobre um aprimoramento destas politicas públi...