Ensaio reflexivo sobre a biodiversidade e os valores humanos no contexto da pandemia

Abstract

Este artigo apresenta reflexões acerca do surgimento de pandemias e a sua relação com a perda da biodiversidade, as mudanças climáticas e a exploração acelerada da natureza, que sinalizam sua situação atual de fragilidade e anunciam o esgotamento dos recursos naturais. A pandemia atualmente vivida (COVID-19) realçou também a desigualdade social e suas interfaces, impondo a necessidade de redefinição de condutas e tomada de decisões permanentes em prol do bem estar comum. A coletividade, a solidariedade e a cooperação, intra e interespecífica, devem se sobrepor ao individualismo. A discussão é elevada à relação de valores humanos e biodiversidade no contexto atual e pós-pandêmico, buscando-se vislumbrar na educação uma via para a construção epistemológica do bem viver para humanidade.

A Importância Do Educador Ambiental Em Tempos De Pandemia: Uma Perspectiva Social E Para Sustentabilidade

“…Os processos de desmatamentos e queimadas elevam a emissão das taxas de dióxido de carbono para a atmosfera. Desta forma, ocorre a absorção dos raios infravermelhos pelos gases liberados nas queimadas, gerando calor no chamado efeito estufa, provocando mudanças climáticas em decorrência da aceleração deste processo, ocasionando um impacto na biodiversidade e como resultado tem-se a proliferação de insetos vetores de doenças pelo aumento da temperatura (Souza, Rosa & Antiqueira, 2020).…”

“Lavar a mão e passar álcool mata o corona, tia!”: práticas socioeducativas de cuidados em saúde na pandemia do SAR-CoV-2

“…Antigas e novas patologias, estritamente as zoonoses, são decorrentes de como as ações antrópicas estão afetando negativamente à biodiversidade (SOUZA; ROSA & ANTIQUEIRA, 2020). Com isso, Boff (2015) reitera que a atual crise ambiental está impondo uma mudança de mentalidade na educação da sociedade, com a participação de educadores e educadores ambientais, que preconizam a formação do cidadão para viver em harmonia com a natureza, estimulando os valores da compaixão, da solidariedade e da cooperação com a biodiversidade.…”