Apesar do aumento global das doenças mentais, os investimentos destinados à pesquisa de novos fármacos apresentaram uma redução expressiva na última década, fato que pode impactar negativamente na descoberta de fármacos inovadores. Os fármacos aprovados pelo FDA entre 1997 e 2017 nas áreas de neurologia e psiquiatria foram avaliados e classificados em seis diferentes categorias para identificar os fármacos inovadores para o tratamento de doenças mentais. No período avaliado, foram 192 aprovações, sendo 139 em neurologia e 53 em psiquiatria. Os resultados mostram uma tendência de diminuição do número de aprovações e inovações, com apenas 28 fármacos inovadores (14,6%), sendo os demais classificados como análogos estruturais, pró-fármacos, novas formulações, novo emprego terapêutico ou associações de fármacos. Os fármacos inovadores para doenças mentais foram aprovados somente para as doenças de Parkinson (4), Alzheimer (1) e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (1), enquanto nenhuma inovação ocorreu para doenças importantes como depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar.