Entre saberes e inovação: um olhar multidisciplinar
INTRODUÇÃOO Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade se constitui como manifestação neurobiológica com causalidade genética e que ocasiona, nos pacientes, falta de atenção, inquietude constante e atitudes impulsivas. De maneira geral, são 18 sintomas divididos em três grupos específicos (SIGNOR; SANTANA, 2016).Destes, há nove sintomas relacionados com a desatenção, seis relacionados com a hiperatividade e também três sintomas destacados para percepção de comportamento impulsivo. Os sintomas mais frequentes são falta de concentração, pensamento dispersivo, esquecimento na guarda de objetos, falta de interesse em projetos difíceis ou sem atratividade, repetição de conversas e ações confortáveis, falta de organização, falta de planejamento, evitamento ou adiamento de atividades consideradas pouco atrativas, distração com barulhos e dificuldade para lembrar eventos ou compromissos (SIGNOR; SANTANA, 2016).Além disso, corpo inquieto, agitação mental, dificuldades de relaxamento, fala excessiva em situações sociais, sentimento de atividade constante, término das frases de outras pessoas em forma antecipada, dificuldades em esperar a vez e interrupção também podem ser observados. O diagnóstico de TDAH tem sido amplamente verificado nos dias atuais, com maior quantitativo de casos e busca por atendimento especializado. Ainda assim, o cenário está distante do ideal, visto que muitas pessoas não buscam por auxílio psicológico, possuem o transtorno, mas não sabem (RIBEIRO; VIÉGAS, 2016).O atendimento psicológico é fundamental para compreender as particularidades que envolvem essas pessoas, antecipar diagnóstico qualitativo, trazer individualidade para a ação, efetuar planejamento estratégico na atenção dos sintomas, latência e dificuldades no cotidiano, assim como apontar soluções de longo prazo para melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.Da mesma maneira, a importância da Psiquiatria como forma conjunta de atenção é singular para que haja resposta medicamentosa atrelada. Mas a interação e efeitos dos medicamentos podem ser vistos como protagonistas ou antagonistas, pois podem impactar a realidade dos sujeitos (RIBEIRO; VIÉGAS, 2016).Diante desse contexto, reitera-se que essas pessoas passam a ser deslocadas de grupos sociais, aguçando comportamentos ansiosos e prejudicando a trajetória de vida nos mais diferentes espaços. A bipolaridade também se coloca como transtorno maníaco-depressivo que se apresenta mediante variações de humor constantes, em maneira acentuada e que pode ser verificada junto a quadros depressivos associados com manias (BOSAIPO; BORGES; JURUENA, 2017).O comportamento desses sujeitos se coloca mediante intensificação de sentimentos, modificações no sono e episódios diferentes de humor,