A carência de informações sobre a propagação de espécies nativas é uma das principais justificativas para o não atendimento à legislação vigente ou para a utilização de espécies exóticas, em ambientes campestres após a realização de atividades econômicas, que exigem a recuperação da área degradada. O presente trabalho apresenta uma revisão comparativa sobre os estudos conduzidos em campos de altitude (CA) e em campos rupestres (CR), levantando informações quanto a propagação das espécies com maior ocorrência, as quais possam subsidiar projetos de recuperação. Verificou-se que a maior parte do conhecimento produzido é focado nos CR, mais especificamente voltados à ecologia e descrição de novas espécies. Dentre as espécies de maior frequência em levantamentos sobre CA, observou-se que Achyrocline satureioides, Clethra scabra, Coccocypselum condalia, Fuchsia regia e Casearia decandra, apresentam informações básicas para sua condução em projetos de recuperação; as espécies Leptostelma maximum, Peperomia galioides, Polygala paniculata, Siphocampylus westinianus e Verbesina glabrata, são pouco estudadas. As demais espécies avaliadas apresentam conhecimento ecológico que deve ser explorado, antes de sua utilização em campo. Na medida em que os CA são explorados e sua recuperação é obrigatória, deve ser ampliado o conhecimento existente para esta fitofisionomia, naquilo em que há carência de informação científica.