O abscesso cerebral é uma lesão expansiva e possui a maior parte das suas manifestações derivadas desse efeito de massa sobre o parênquima encefálico. Essa apresentação geralmente é constituída pela tríade: cefaleia, febre e déficits neurológicos focais, porém, as literaturas atuais instituem que essa relação tem maior especificidade do que sensibilidade, visto que a maior parte dos pacientes não apresenta a tríade ao diagnóstico. Nesse direcionamento, é visto que a alteração do estado mental é de maior coerência ao efeito expansivo da lesão, sendo considerada uma associação de maior representatividade do abscesso cerebral. Nessa medida, são realizadas técnicas de neuroimagem em pacientes que apresentam quadros infecciosos agudos ou crônicos originados das possíveis fontes de contaminação, associados a uma sintomatologia com convulsões, déficits neurológicos focais ou sinais de aumento da pressão intracraniana. Dessa forma, o diagnóstico neurorradiológico distingue a lesão que se apresenta como uma hipodensidade na TC, hipointensidade na RMT1 e hiperintensidade na RMT2 e FLAIR, associada com uma borda de realce, característica do abscesso cerebral e importante no diagnóstico diferencial.