O artigo tem como objetivo refletir e problematizar as conexões e diálogos de professores indígenas e não indígenas, participantes de uma formação continuada em rede social. Os dados apresentados são resultados parciais de uma pesquisa iniciada em 2011[1]. Insere-se no Grupo de Pesquisa e Estudos em Tecnologia Educacional e Educação a Distância (GETED)[2]. Optamos por uma abordagem de pesquisa qualitativa sob a forma de etnografia virtual. Como procedimento metodológico, utilizaram-se depoimentos das interações entre os sujeitos participantes da formação continuada virtual na rede social Facebook. Na tessitura deste artigo, buscamos organizar nossos tateios e experiências em três momentos. Primeiramente, trazemos à reflexão fundamentos teóricos sobre a formação continuada intercultural e suas contribuições para a educação. No segundo momento, mergulhando nas vozes dos professores parceiros da pesquisa, tecemos as conexões e diálogos no Facebook, apresentando os seus anseios, problemas, necessidades e possibilidades, apropriando-nos de conhecimentos ricos e plenos de sentidos para a nossa própria atuação como professoras universitárias e pesquisadoras, possibilitando novas significações para formação e atuação profissional. Por fim, de maneira (in)conclusa, destacamos algumas perspectivas e desafios em relação à formação de professores, a partir do diálogo e das conexões. Alguns resultados da pesquisa apontam que o uso de redes sociais, como espaço de encontro, pode somar-se à formação continuada de professores, no sentido de ampliar as relações entre grupos e oportunizar aprendizagens. Defendemos uma formação continuada intercultural alicerçada nas necessidades dos docentes, respeitando diferentes maneiras de viver e pensar. O reconhecimento da importância da escuta e do diálogo no sentido de compreender seu(s) significado(s) e sentido(s) em uma determinada cultura é condição importante para avançar na busca de práticas educativas interculturais na formação continuada de professores.[1] A pesquisa é parte do projeto: Formação tecnológica continuada de professores indígenas e não-indígenas em comunidade virtual e multicultural: interconectividade e colaboração. Aprovado pelo edital chamada FUNDECT/CNPq N° 05/2011 – PPP.[2] Vale ressaltar que o grupo GETED (Grupo de Pesquisa e Estudos em Tecnologia Educacional e Educação a Distância) tem parcerias de colaboração científica com os pesquisadores de algumas Instituições Nacional e Internacional: Universidade Aberta de Portugal; Universidade de Manitoba – Winnipeg, Canadá (Human Ecology), Universidade Federal de Alagoas (Programa de Pós-Graduação em Letras), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS) - Campus Campo Grande, fato este que possibilita uma socialização das experiências em âmbito micro e macro, promovendo a colaboração científica.