“…Grosso modo, o censo permite avaliar a questão racial pós 1945, no plano nacional e internacional. E apesar da história da França ser marcada pelo escravagismo, colonialismo, e por uma gramática jurídico-política diferencialista que regeu as relações entre a França metropolitana e os habitantes de suas antigas colônias até 1946 (LARCHER, 2015), quase um século após a abolição da escravidão em 1848, e no caso da Argélia até sua independência em 1962 (DE SAINT POL; MONSO, 2007, p. 54-56;WEIL, 2004, p. 8-9), o caso francês é emblemático, dada a resistência em reconhecer oficialmente os grupos minoritários no seu território, optando por uma abordagem assimilacionista e integracionista que não leva em conta as desigualdades étnico-racial (MAZOUZ, 2020;POIRET et al, 2011;NDIAYE, 2009).…”