Ecosofia Das Marcas: Um Breve Olhar Sobre as Três Ecologias Através Da Publicidade

Abstract

A ideia central deste ensaio é discutir, sob a luz do conceito das três ecologias (social, ambiental e mental), o processo de articulação ético-político e estético exercido pelas marcas no mundo pós-moderno por meio da publicidade. O que se pretende é realizar uma análise que considere a relação das marcas com a exterioridade de forma rizomática por meio da publicidade como estratégia de agenciamentos molar e molecular, refletindo sobre a produção de subjetividade, a partir da metodologia qualitativa. Este ensaio baseia-se nas pistas teóricas trilhadas por Félix Guattari e Gilles Deleuze, sendo de caráter exploratório, exemplificado por peça publicitária da marca NATURA. Algumas pistas desvelam que pela comunicação rizomática, a publicização marcária produz "kits de subjetividades", que consomem e, ao mesmo tempo, veiculam as próprias marcas.

Novos modos de ação do capitalismo contemporâneo? Uma análise sobre a atuação da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) pelo olhar das categorias de Peirce

“…Isso dialoga com o exposto por Deleuze (1992) e Lazzarato (2011), que apontam a transformação dos indivíduos em meros consumidores passivos, os quais realizam "[…] as transferências de rendimentos de uma parte da população […] para corrigir as desigualdades" (LAZZARATO, 2011, p. 31). Ou seja, vive-se em um mundo de eterno recomeço, de indefinições, globalizado, imediato e de enfraquecimento das instituições e referências sociais (HUR, 2013;PONTES;TAVARES, 2017).…”

“…Esse atravessamento é a marca de toda uma diferença que produz uma variedade de posições do indivíduo. Ou seja, passa-se a viver em um mundo de eterno recomeço, de indefinições, globalizado, imediato e de enfraquecimento das instituições e referências sociais (HUR, 2013;PONTES;TAVARES, 2017).…”

Marketing verde: tentáculos da ecogovernamentalidade no mercado das subjetividades

“…Ela é efeito de relações multifacetadas que encetam certo número de indivíduos na sociedade de controle, sendo a mídia um potente operador e organizador desse mapa de referências 1 . Importa realçar que a posição aqui não é contrária à importância das problemáticas ambientais, mas, antes, a essa metamodalização de sujeito "fabricado" para comportar-se de forma padronizada, agindo no âmbito institucionalizado do comando das estratégias de mercado, que agora pronunciam o termo sustentável indistintamente em suas diferentes instâncias (LIMA, 2003;PONTES;TAVARES, 2014).…”