Ecologia de saberes, para adiar o fim da escola

Abstract

Resumo: Este artigo foi escrito durante o período de pandemia do Coronavírus e desloca a noções de mundo e de fim de mundo, com apoio dos contos de Deszö Kosztolányi e Julio Cortázar e das perspectivas de expansão e de invenção do presente no diálogo com as teorias de Michel de Certeau, Boaventura de Sousa Santos e Ailton Krenak. Nesse sentido, tece-se forte crítica anticapitalista e argumenta-se que as criações de praticantes dos currículos são conhecimentos-solidariedades que abalroam as linhas abissais do ocidente capitalista, patriarcal e colonial, criando possibilidades de outros mundos adiando seu fim. Concluise que há resistência e criação na arte e nos cotidianos a partir de situações trazidas dos cotidianos na escola e na Universidade Popular dos Movimentos Sociais. Palavras-chave: Currículo. Descolonização. Fim do mundo. Ecologia de saberes.

Interculturalidade, Decolonialidade E Educação: Uma Pedagogia Outra a Partir Dos Futebóis?

“…É uma construção coletiva que refuta o desperdício de experiências, aponta suas complementaridades e as da ciência, assim como expõe as contradições no que existe em cada uma delas(SANTOS, 2007).Nesse sentido, para além de uma fissura metodológica de ciência, precisamos compreender quais seriam as possíveis contribuições da ecologia dos saberes para as instituições educativas ou, ainda, para a tematização do futebol na formação docente em Educação Física. Trata-se de uma tarefa difícil em um contexto de recrudescimento do conservadorismo no campo da educação, o qual rotula como doutrinação ideológica tudo o que não se refere a doutrinas ocidentais(MERLADET et al, 2020), nesse caso, o futebol moderno/colonial. No entanto, concordo com a propostade Merladet et al, quando as/os autoras validam as contribuições da ecologia dos saberes para a educação e encorajam a disputa do campo da seguinte maneira: propomos…”