“…Assim, em certos momentos, a cultura brasileira foi profundamente desvalorizada pela intelectualidade, para dar lugar à cultura europeia como modelo de modernidade a ser alcançada. Nessa perspectiva, os métodos ginásticos, desenvolvidos na Europa entre o século XIX e início do século XX por alguns países, a exemplo da Suécia, da Alemanha, da França e da Inglaterra, extrapolaram as fronteiras dos países de origem, encontrando fértil acolhida no Brasil (Soares & Moreno, 2015).…”
Este artigo objetiva investigar o modo como o Método Francês de Educação Física, originado na França, esteve sujeito a apropriações nas experiências de escolarização da Educação Física no Brasil. Dialoga com os pressupostos da História Cultural e da Micro-História para perceber o uso de um modelo estrangeiro na cotidianidade das práticas, operando com fontes históricas das escolas de Educação Física criadas nos anos de 1930. Conclui que houve uma aclimatização do Método Francês à cultura receptora, aproximando os exercícios físicos dos hábitos culturais da população brasileira. Para isso, fez-se uso da cultura popular, que conviveu pacificamente com a metodologia científica do método estrangeiro, ao mesmo tempo que foi utilizada como expressão de uma nacionalidade.
“…Assim, em certos momentos, a cultura brasileira foi profundamente desvalorizada pela intelectualidade, para dar lugar à cultura europeia como modelo de modernidade a ser alcançada. Nessa perspectiva, os métodos ginásticos, desenvolvidos na Europa entre o século XIX e início do século XX por alguns países, a exemplo da Suécia, da Alemanha, da França e da Inglaterra, extrapolaram as fronteiras dos países de origem, encontrando fértil acolhida no Brasil (Soares & Moreno, 2015).…”
Este artigo objetiva investigar o modo como o Método Francês de Educação Física, originado na França, esteve sujeito a apropriações nas experiências de escolarização da Educação Física no Brasil. Dialoga com os pressupostos da História Cultural e da Micro-História para perceber o uso de um modelo estrangeiro na cotidianidade das práticas, operando com fontes históricas das escolas de Educação Física criadas nos anos de 1930. Conclui que houve uma aclimatização do Método Francês à cultura receptora, aproximando os exercícios físicos dos hábitos culturais da população brasileira. Para isso, fez-se uso da cultura popular, que conviveu pacificamente com a metodologia científica do método estrangeiro, ao mesmo tempo que foi utilizada como expressão de uma nacionalidade.
O artigo tem como objetivo analisar as influências que envolveram a criação do Método Natural de Georges Hébert e discutir sobre seus princípios. O Guide Pratique d'Éducation Physique (1909) é a fonte selecionada e a discussão historiográfica tem contribuição de autores como Philippe-Meden (2017), Froissart e Saint-Martin (2014). O recorte inicial marca sua primeira publicação e o final, o encerramento das atividades do Collège d'athlètes. Hébert idealizou um método para a formação dos fuzileiros navais da Marinha francesa e seu reconhecimento ultrapassou as fronteiras nacionais.Ele propunha o desenvolvimento orgânico harmônico por meio do grupo de dez exercícios que, praticados ao ar livre e em desnudamento, desenvolveriam força, coragem e sangue frio.
RESUMO: O artigo traz os resultados de pesquisa onde se estudou o Instituto Central de Ginástica de Estocolmo e como foi se constituindo lugar de cultivo e de divulgação do método sueco de ginástica. Mostra como o GCI, com suas políticas de formação e estratégias de ação, colaborou para o espraiamento da ginástica em diversos países. No Brasil, foca nos diversos modos em que o método ganha visibilidade: no pensamento pedagógico, nos manuais escolares e na presença de Fritjof Detthow, professor formado no Instituto, em São Paulo. O estudo mostra que a ginástica lingiana que chega ao Brasil precisa ser tomada como objeto cultural, como uma prática que não permanece pura e que, em sua circulação, carrega uma dimensão transformativa. A ginástica que Detthow traz ao Brasil guarda profundas relações com aquela aprendida no Instituto, ao mesmo tempo que, no contato com um novo caldo cultural e político, se transforma.
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