Doenças respiratórias no Triângulo Mineiro: Análise epidemiológica e projetiva com a pandemia de COVID-19

Abstract

Objetivos: investigar as internações por doenças respiratórias no Triângulo Mineiro (Minas Gerais, Brasil), discutindo-as no contexto da atenção em saúde, e a pandemia de COVID-19. Métodos: estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo sobre as doenças do aparelho respiratório nas macrorregiões de saúde Triângulo do Norte e Triângulo do Sul, de janeiro de 2014 a dezembro de 2019. Foram utilizados dados provenientes do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), disponíveis no endereço eletrônico do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Os dados foram apresentados por números absolutos, frequência relativa e medidas de tendência central. Resultados: nesse período, houve 76.745 internações por doenças do aparelho respiratório no Sistema Único de Saúde (SUS), com aspecto crescente desde 2018. As cidades de Uberlândia e Uberaba somam juntas quase metade desse total. Com os serviços hospitalares e profissionais foram gastos, aproximadamente, 90 milhões de reais. As faixas etárias cuja internação foi mais frequente foram a de 1 a 4 anos e a de 80 anos ou mais. As maiores frequências de óbitos concentraram-se no segundo e terceiro trimestre do ano e entre os indivíduos acima de 60 anos. Conclusões: O contexto caótico e oneroso ao SUS, decorrente das internações por doenças respiratórias, agravar-se-á ao se somar ao cenário de pandemia por COVID-19. Por isso, é imperiosa a prevenção dos fatores de risco e a promoção de saúde por meio da melhora na atenção primária em saúde, bem como a ampliação e a reorganização da rede hospitalar.

A importância da Atenção Primária à Saúde no cenário de transmissão comunitária de Covid-19 no Brasil: uma revisão sistemática da literatura / The importance of Primary Health Care in the scenario of community transmission of Covid-19 in Brazil

“…É possível ainda controlar os fatores de risco, desestimulando a população a evitar aglomerações, utilizar máscaras de forma correta, manter a higienização de mãos e evitar o contato com mucosas. Esse gerenciamento individual, associado ao fortalecimento do tratamento de casos diagnosticados como leves, tem um impacto significativo em todo a rede de saúde, disponibilizando leitos e reduzindo custos ao sistema de saúde (DIAS et al, 2020).…”

Perfil de mortalidade associado à pandemia de infecção por SARs-CoV-2 em um Hospital Público da Região Sul da Amazônia Ocidental

“…No presente estudo pode-se observar que a taxa de internação na UTI e mortalidade foram maior em pacientes do sexo masculino. Reforçando os estudo de Santos et al (2020) e Dias et al (2020), onde os boletins epidemiológicos demonstraram que o sexo masculino são mais acometidos por condições severas, necessitando de atendimento intensivo, e consequentemente apresentando maior prevalência de óbitos. Outro estudo, realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China, com 72.314 pacientes, demonstrou que, dos casos confirmados, 51% eram homens, e a taxa de mortalidade também era maior para o sexo masculino, sendo 2,8% para os homens e 1,7% para as mulheres (Caramelo et al, 2020).…”

Pesquisa em Saúde: Relatos, Fundamentos e Práticas

“…Além disso, foi observada a incidência da influenza e da dengue, que assim como a COVID-19 ocorre em surtos e muitas vezes demandam internação hospitalar (DA COSTA; MERCHAN-HAMANN, 2016, p.15). Essas patologias são de grande importância, pois a presença delas somada à COVID-19 favorece a ocupação crescente de leitos, aumento na utilização de recursos e, logo, na incapacidade dos serviços em atender toda a demanda (DIAS et al, 2020).…”