Divulgacão e ensino de Astronomia e Física por meio de abordagens informais

Abstract

Resumo A Astronomia é uma das mais antigas ciências naturais, tendo sido desenvolvida por diferentes civilizações e com distintos propósitos nos últimos milênios. No Brasil, vários tópicos astronômicos permeiam a educação básica, tanto em nível fundamental quanto médio. Somado a isso, nas últimas décadas vem crescendo o número de pesquisas e o interesse pela divulgação científica e pelo ensino em espaços não-formais de educação. As atividades educacionais e a divulgação científica nesse contexto, se bem exploradas, podem contribuir para a socialização e a popularização de conhecimentos sobre Astronomia. Além disso, podem servir de suporte à formação de professores e alunos. Dessa forma, o debate sobre o tema é importante e deve ser instigado tanto no âmbito não acadêmico quanto no âmbito da formação docente e discente. Frente a isso, um projeto de extensão da Coordenadoria de Física (CODAFIS) do Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Ouro Preto (IFMG-OP) foi iniciado em 2011, oferecendo observações e atividades sobre Astronomia para a população local e das cidades vizinhas. Desde então, mais de 7.000 pessoas já participaram das ações, demonstrando o imenso potencial do tema. As discussões sobre Astronomia levam normalmente a discussões sobre Física, quando conceitos e vários outros assuntos podem ser tratados de forma aplicada, fomentando o interesse por esses temas. No entanto, atividades mal elaboradas ou mal desenvolvidas podem gerar reações adversas no público, causando resistência com relação ao assunto. Assim, esse artigo tem como objetivo principal identificar elementos que podem culminar com a não efetividade das atividades de observação. Além disso, busca-se identificar parâmetros que sejam determinantes para o êxito das ações, além de compartilhar conhecimentos empíricos obtidos com o desenvolvimento do projeto e encorajar grupos, acadêmicos ou não, a desenvolverem atividades astronômicas similares em ambientes formais e não-formais de ensino e também em diferentes regiões do país.

Luneta Galileana: Construção E Utilização No Ensino De Astronomia Na Educação Básica

“…A Astronomia é uma das ciências mais antigas idealizadas pelo homem, designada pelos [141] antigos gregos como uma das quatro artes liberais quadrivium 1 (OURIQUE; GIOVANNINI; CASTELLI, 2010). Esta ciência está presente no contexto social desde seus primórdios, e evoluiu juntamente com os avanços filosóficos e científicos, com isso, o estudo e o uso desta ciência foram se adequando com a necessidade do homem, pertinentes à sobrevivência humana, foi a necessidade de se orientar que fez o homem buscar entender o universo ao seu redor, com foco em estrelas, constelações e na Lua, esta última é um dos elementos astronômicos mais observados pelo homem, devendo ao fato de ser o astro mais próximo da Terra, devido a esta proximidade com o planeta, torna-se mais fácil observá-la com riquezas de detalhes, como as crateras da sua superfície, as sombras e cores (COSTA JUNIOR et al, 2018).…”

“…Falar sobre eclipses em sala de aula é um dos assuntos mais importantes no estudo de Astronomia, pois os eclipses demonstram a posição da Terra em relação à Lua e em relação ao Sol, o que envolve a geometria espacial dos astros em questão, como também, acerca da construção de calendários e do histórico evolutivo. A Astronomia tem um grande potencial educacional, pois conta com o interesse populacional à aprendizagem (COSTA JUNIOR et al, 2018).…”

“…Sabe-se que os conhecimentos astronômicos são importantes para compreensão do universo, sendo assim, na década de 1990 os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (BRASIL, 2000) e as orientações complementares para o ensino (BRASIL, 2002) incluíram tópicos de Astronomia nos assuntos sugeridos no currículo do ensino básico, estando presentes nas disciplinas de Geografia e Ciências no Ensino Fundamental, e na disciplina de Física no Ensino Médio. Quanto à educação superior, no curso de Licenciatura em Física as disciplinas de Astronomia são apresentadas nos últimos períodos ou como optativas (COSTA JUNIOR et al, 2018).…”

Cálculo Do Valor Da Unidade Astronômica: Como O Trânsito De Mercúrio Nos Indica a Nossa Distância Ao Sol

“…Isso contribui fortemente para o ensino de ciências junto aos estudantes de diferentes níveis educacionais. É necessário, porém, que estas atividades de observação sejam realizadas em conjunto com os professores das escolas, para que o conhecimento adquirido possa ser debatido e avaliado posteriormente (Costa Júnior et al, 2018).…”

“…Estes conceitos são fundamentais para a educação científica de alunos de todos os níveis, contribuindo fortemente com a sua formação cidadã e responsável, conforme discutido por Costa Júnior et al (2018). Segundo estes autores, atividades de registro de fenômenos astronômicos podem ocasionar reações adversas ao público em geral porque um dos motivos é o baixíssimo (ou nulo) conhecimento de ciências em geral.…”