Os distúrbios alimentares são comportamentos que interferem de forma negativa na saúde geral e no bem-estar de um indivíduo (Treasure et al., 2021), acometendo pessoas independente da faixa etária, classe social ou gênero, entretanto sabe-se que há uma maior predominância em adolescentes do sexo feminino (Jafri et al., 2021). O objetivo desse estudo foi relatar os principais aspectos relacionados às compulsões e distúrbios alimentares mais frequentes, além de possíveis tratamentos. O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, desenvolvida a partir de uma pesquisa acadêmica na Universidade Federal de Pernambuco, onde foram selecionados 8 artigos, publicados no período entre 2014 e 2022, na base de dados científicos PubMed, SciELO e no Google Acadêmico. Os jovens estão propensos a desenvolver distúrbios alimentares, como a anorexia, bulimia e obesidade, além de distúrbios afetivos, incluindo ansiedade, depressão e transtornos obsessivos-compulsivos como o dismorfismo corporal, através da influência de estímulos sociais e propensão genética (dos Anjos et al., 2020). A obesidade é uma patologia multifatorial, independe da idade e da população, atingindo todas as raças, gêneros e classes sociais. Ela deve-se devido o aumento constante de gordura e consequentemente de peso, passando a ter maior risco de desenvolver doenças como diabetes e hipertensão arterial (MOURA, 2019). Entre os muitos fatores e indicativos de risco para a obesidade estão: história familiar, etilismo, fatores ambientais e comportamentais, além da falta de hábitos saudáveis, como: a prática de atividade física. A anorexia nervosa é apresentada pela recusa de alimentos associada a uma distorção da sua imagem corporal, tendo em paralelo a resistência da pessoa em manter seu peso adequado (PEREIRA et al, 2020). Este transtorno tem como consequência uma série de complicações como queda de cabelo, pele ressecada, hipotensão, anemia, problemas renais, infertilidade, hipotermia, convulsões, indução de osteoporose severa na adolescência, além das diversas complicações psicológicas, como depressão e ansiedade (ALMEIDA, 2021). A bulimia é um distúrbio que apresenta episódios recorrentes de uma grande quantidade de ingestão de alimentos, seguido de reações inadequadas para evitar ganho de peso. As distorções da imagem corporal juntamente com a baixa autoestima, são responsáveis pela busca implacável pelo emagrecimento, conduzindo às atitudes que prejudicam à saúde, tais como o excesso nas atividades físicas, uso de medicamentos laxativos, anorexígenos, jejum prolongado e outras formas de compensação (CUBRELATI et al., 2014). Por fim, conclui-se que os transtornos alimentares são patologias multifatoriais que necessitam de um diagnóstico preciso e de uma conduta multidisciplinar, propondo mudanças na dieta, aumentando a prática de atividade física e alterações no perfil comportamental, além de tratamento farmacológico, quando for o caso (PSALTOPOULOU T, et al., 2019). Várias terapias são indicadas como tratamento, como por exemplo o uso da aromatera...