Desvio Compensatório Falangeano Proximal E Balanço Capsular Do Casco Em Potros Da Raça Crioula Sob Criação Extensiva Do Nascimento Ao Desmame/Proximal Phalangeal Compensatory Deviation and Capsular Hoof Balance in Foals of the Crioula Breed Under Extensive Breeding From Birth to Weaning

Abstract

Potros da raça Crioula com conformação hígida dos membros, mas com assimetria médio-lateral da cápsula do casco, em função do desequilíbrio estático e dinâmico nos primeiros meses de vida, poderão manifestar desvio compensatório associado a falange proximal. Portanto, o presente estudo teve por objetivo determinar a presença de desvio compensatório falangeano proximal e sua associação com balanço capsular do casco em potros da raça Crioula sob criação extensiva. Foram avaliados 67 potros da raça Crioula, com idades entre um e onze meses, de ambos os sexos, de quatro propriedades localizadas na região sul do Rio Grande do Sul, Brasil. As medidas laterais e mediais dos talões do membro torácico esquerdo foram registradas utilizando fita métrica e as superfícies lateral e medial da falange proximal foram mensuradas através de imagens radiográficas na projeção dorso-palmar da região metacarpo-falangeana, sendo consideradas as diferenças entre as faces lateral e medial falangeanas e dos talões do estojo córneo. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e teste de correlação de Spearman. Não houve efeito do gênero (macho ou fêmea) nas variáveis estudadas (P>0,05). Houve diferença da mensuração linear longitudinal das faces medial e lateral da falange proximal nos potros da raça Crioula criados em sistema extensivo, caracterizando discreto desenvolvimento assimétrico longitudinal. Apesar das diferenças entre as faces da falange proximal (0,4 cm) e entre talões (0,3 cm), essas variações não foram associadas entre si (P= 0,604), não caracterizando a presença de desvio compensatório falangeano. Portanto, o desequilíbrio estático e dinâmico nos primeiros meses de vida, em potros hígidos da raça Crioula, com assimetria médio-lateral natural da cápsula do casco inferior a 0,5 cm não foi associado ao desvio compensatório na falange proximal.