A população brasileira é formada por uma sociedade de culturas diferentes que se instalaram em regiões com características próprias gerando um artesanato diversificado e regionalista, e o design que, "para Walter Gropius, fundador da Bauhaus, esta concepção de arte e artesanato devia ser considerada não a partir da perspectiva de duas atividades, mas como dois ramos da mesma atividade" (Mozota, 2011, p.37), sempre foram indiferentes evitando a aproximação com o artesão, até que nos anos de 1980, houve uma busca da revitalização do artesanato através da preservação das técnicas produtiva. Esta parceria gerou um avanço, mas também pontos de tensão, que promoveu uma reflexão visando o desenvolvimento de um processo adequado. Em 1995 surge o PAB/MDIC -Programa de Artesanato Brasileiro do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, com as informações do SICAB -Sistema de Informação Cadastrais do Artesanato Brasileiro, com o intuito de elaborar políticas públicas, e planejamento de ações de fomento para o setor artesanal. A investigação inicia a discussão sob uma abordagem sistêmica e a gestão de design, que é uma forma de organizar e gerenciar o tema artesanato, suas classificações, suas formas tradicionais de trabalho e a relação com o processo industrial. Através dos conceitos que permeiam o tema, uma análise do artesanato como uma atividade produtiva e geradora de renda, e diante da importância deste setor e de seu grande desenvolvimento torna-se necessário propor uma classificação dos produtos a partir de inovações de processos, aplicação de gestão e qualificação do artesão. Dentro deste contexto e levando em consideração a necessidade de realizar pesquisas acadêmicas sobre o artesanato, surge à indagação de como a produção do artesanato em larga escala se relaciona com os processos produtivos, a gestão e a indústria e o que pode ser denominado industrianato. A pesquisa classifica-se em sua natureza como básica já que objetiva gerar novos conhecimentos para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista, em relação à forma de abordagem como qualitativa, pois busca conhecimentos no mundo real, não podendo ser traduzido em números, segundo os seus objetivos como exploratória visto que objetiva proporcionar maior familiaridade com o problema por meio de uma pesquisa teórico-bibliográfica sobre artesanato e industrianato. O resultado da busca através dos conceitos e pesquisas encontradas permitiu desenvolver uma reflexão sobre a conceituação de industrianato existente mostrando que pode ser ampliado e melhor classificado. Os produtos resultantes de um artesanato onde se aplica a gestão de design sob uma abordagem sistêmica pode utilizar ou classificar o industrianato.Palavras-chave: Gestão de Design; Artesanato; Indústria; Inovação de Processos.