“…Ressalte-se que o sucesso da estabilização dependia do saldo comercial favorável para a manutenção do real forte, pois as exportações eram importantes para a política macroeconômica (SOARES; PINTO, 2008). O problema é que a desoneração das exportações propostas na Lei Kandir, de um lado, estimulava as exportações, mas por outro, causava perda de arrecadação para estados e municípios que possuíam como fonte basilar de renda as receitas tributárias advindas da venda bens da abertura econômica à reprimarização das exportações brasiLeiras Dall'Acqua (1999) retoma as discussões políticas que precederam a aprovação da Lei Kandir e aponta que o discurso presidencial da época assegurou publicamente aos governadores que a mudança tributária não geraria perda significativa aos entes federais e que seria "um jogo de soma zero", pois haveria um ressarcimento do montante da renúncia fiscal por parte do governo federal.…”