Desenvolvimento E Análise De Compósitos Cimentícios Híbridos

Abstract

O trabalho teve por objetivo o desenvolvimento e a análise de compósitos cimentícios híbridos formados através da adição conjunta de fibras de aço e microfibras de vidro a uma matriz cimentícia formada por microconcreto. Com as microfibras pretende-se controlar a microfissuração da matriz, prin]cipalmente aquela que ocorre na fase pré-pico de carregamento como já observado em outras pesquisas: FERREIRA (2002), ARQUEZ (2010) e FERRARI (2014). A ação das fibras de aço é esperada no controle a propagação da fissuração da matriz conferindo ganho de tenacidade ao compósito após a fase de pós-pico do histórico de carregamento. Os compósitos assim formados foram submetidos à ensaios de flexão em três pontos moldando-se para tanto corpos de prova prismáticos com dimensões de 150 x 150 x 500 mm, dotados de entalhe central reto passante conforme recomenda a RILEM (2002). Os ensaios foram realizados no Laboratório de Concreto da Itaipu Binacional em Foz do Iguaçu/Pr. A resposta de cada compósito foi obtida considerando-se parâmetros de resistência e de tenacidade flexional indicados na RILEM (2002) e parâmetros de resistência ao faturamento (curvas de resistência) calculados tendo base equacionamento utilizando-se conceitos da Mecânica da Fratura Elástica Linear. Ficou evidenciado que a adição híbrida e em baixas quantidades de microfibras de vidro com as fibras de aço resultou em melhora no desempenho do compósito em termos de resistência, tenacidade flexional e resistência ao faturamento.

Desenvolvimento E Análise De Compósitos Cimentícios Híbridos

“…Revista Tecnológica -Universidade Estadual de Maringá -ISSN 1517-8048 DOI: 10.4025/revtecnol.v28i1.48945 ___________________________________________________________________________ 1 INTRODUÇÃO Diferentes tipos de fibras já foram estudadas quando incorporadas ao concreto com vistas a um melhor desempenho mecânico quando sob esforços de tração. Entre os estudos nacionais, citam-se: a) Fibras de aço: Figueiredo (2000), Ferreira (2002), Ferrari (2007Ferrari ( e 2014 e Arquez (2010); b) Fibras de vidro: Aquino (1992), Ortenzi (2007), Ventura (2009), Bonifácio & Godinho (2014); c) Fibras poliméricas: Cáceres et al (2013). Ferreira (2002) comenta que as modificações decorrentes da adição de fibras de aço à matriz cimentícia em taxas de até 2% tendem a restringir-se apenas à fase de pós-pico do histórico de carregamento.…”

“…Entre os estudos nacionais, citam-se: a) Fibras de aço: Figueiredo (2000), Ferreira (2002), Ferrari (2007Ferrari ( e 2014 e Arquez (2010); b) Fibras de vidro: Aquino (1992), Ortenzi (2007), Ventura (2009), Bonifácio & Godinho (2014); c) Fibras poliméricas: Cáceres et al (2013). Ferreira (2002) comenta que as modificações decorrentes da adição de fibras de aço à matriz cimentícia em taxas de até 2% tendem a restringir-se apenas à fase de pós-pico do histórico de carregamento. Nessas condições, as fibras não são suficientes para inibir o processo de fissuração da matriz que antecede a carga máxima.…”

“…As fibras de aço encontradas comercialmente no Brasil são disponibilizadas com comprimento a partir de 25 mm. Estudos, como os de Ferreira (2002) e Ferrari (2007), mostram que tais fibras não atuam de forma a impedir a microfissuração da matriz cimentícia na fase pré-pico de carregamento. A atuação de tais fibras é sentida somente após o surgimento da fissuração, trabalhando na transferência de tensões entre as faces das fissuras.…”