Desempenho estudantil no Ensino Superior: um olhar para as perspectivas discentes e docentes

Abstract

Considerando que o número de reprovações em disciplinas cursadas pode acarretar em evasão no Ensino Superior, este trabalho objetivou elencar as disciplinas que apresentam piores índices de desempenho estudantil no campus Bagé da instituição multicampi Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), bem como as causas apontadas tanto pelos discentes quanto pelos docentes em relação a esse tópico. Para tal, foram analisados dados extraídos do sistema de gestão acadêmica, compreendidos por um período de sete anos, para o levantamento longitudinal das disciplinas com maiores índices de reprovação no campus em questão. Em uma segunda etapa, foram aplicados questionários respondidos anonimamente pelos discentes e docentes, a fim de identificar suas percepções sobre o assunto. A maioria das disciplinas com índices mais altos de reprovação pertence à área das Ciências Exatas e são ofertadas ao longo dos primeiros semestres dos cursos de graduação. Concluiu-se que a melhoria do desempenho estudantil pode ser conduzida através da implementação de algumas ações conjuntas e interdependentes, ou seja, pela esfera institucional, no campo da docência e, também, no âmbito da ampliação do engajamento discente.

Análise Das Percepções E Desempenhos Discentes Com a Utilização Do Software R Em Uma Disciplina De Graduação De Natureza Multicurso

“…Dito isso, apontamos como objetivo deste texto analisar as percepções discentes no início e no final de um semestre letivo, em uma disciplina de graduação de natureza multicurso (IRALA et al, 2020), vinculada à área da Matemática (Cálculo Numérico), visando promover o engajamento consultivo dos alunos frente à compreensão que têm sobre a sua prática discente no processo educativo da disciplina em análise, sobre a prática docente e sobre as práticas docente-discentes, em interrelação, estabelecendo, por fim, um paralelo com o desempenho discente ao término do semestre, contrapondo-o à motivação inicial autopercebida e ao empenho final autopercebido.…”

“…A pesquisa que se desenvolve com foco no processo didático e, no caso desta pesquisa, com ênfase nas percepções discentes no âmbito de uma disciplina em específico, não deve negligenciar que a flutuação no número de participantes ao longo da geração dos dados é inerente ao cenário típico de qualquer sala de aula e esse é um aspecto incontornável na pesquisa educacional (ou, mais amplamente, em qualquer pesquisa com seres humanos que não se O estudo foi realizado em uma Universidade Federal de Ensino Superior localizada no interior do Rio Grande do Sul (RS), em duas turmas de natureza multicurso (IRALA et al, 2020), na disciplina de Cálculo Numérico, compostas por um total de sessenta e quatro alunos, oriundos dos seguintes cursos: Engenharia Química (EQ), Engenharia de Alimentos (EA), Engenharia de Energias (EE), Engenharia da Computação (EC), Engenharia de Produção (EP) e Licenciatura Matemática (LM). Com relação à faixa etária, 69,6% dos estudantes tinha entre 20 e 25 anos; 21,7%, entre 26 e 30 anos; 4,3% entre 31 e 40 anos e, por último, 4,3% possuíam mais de 41 anos.…”