ResumoEste artigo é resultado de uma estratégia didática desenvolvida na disciplina de Equações Diferenciais (ED) para cursos de exatas e nasceu de uma proposta de seminário avaliativo produzido por discentes de ED oriundos do curso de Engenharia de Energia. O objetivo da proposta do seminário é intercalar o conteúdo programático trabalhado em sala de aula com uma aplicação prática, preferencialmente voltada à formação profissional dos estudantes. O tema aqui escolhido é voltado à realização de análises do perfil logarítmico do vento, a partir do conhecimento das condições iniciais do problema em questão. O perfil logarítmico do vento é uma das muitas ferramentas existentes para estimar o perfil dos ventos (CAMELO et al., 2008;JERVELL, 2008). O estudo se justifica pela necessidade de os alunos das diversas engenharias perceberem como o conteúdo abordado em ED pode ser aplicado à sua área de formação. Para isso, foram trazidas neste artigo algumas estratégias para resolução e análise dos resultados a partir da abordagem dos discentes. Na resolução, adotou-se um passo a passo dos cálculos com diferentes métodos: separação de variáveis e exata. A solução do problema foi explorada de forma detalhada, a partir da abordagem feita em sala de aula, tais como: a solução analítica de uma Equação Diferencial Ordinária (EDO) de primeira ordem, a aplicação em um problema prático e a interpretação gráfica das soluções. Palavras-Chave: Equações Diferenciais. Características do Vento. Aplicação Matemática. Interpretação gráfica. Engenharia de Energia. AbstractThis article is the result of a didactic strategy developed in the subject of Differential Equations (DE) for exact courses and it comes from a proposal of an evaluative seminar produced by DE students from the Energy Engineering undergraduate course. The purpose of the seminar proposal is to merge
O uso de metodologias ativas tem sido amplamente discutido em todos os níveis de ensino como uma tendência para a superação das aulas em um formato exclusivamente transmissivo e focado no professor, para dar protagonismo aos discentes durante o desenvolvimento didático. A crítica aos modelos tradicionais de ensino não é recente e tem sido amplamente discutida pela comunidade acadêmica; entretanto, para além do aparato teórico mobilizado quando um docente se dispõe a adotar uma metodologia ativa, seja ela qual for, torna-se necessário contrapor os pressupostos do modelo adotado ao que, de fato, é possível operacionalizar em cada contexto específico, com suas próprias características, expectativas e dificuldades, para, a cada nova experiência docente com o uso da metodologia adotada, outros aspectos não previstos pelo aparato teórico serem (re)dimensionados à luz da prática docente. Nesse sentido, este trabalho se configura como um relato de experiência a respeito do uso da metodologia da Sala de Aula Invertida (SAI), na disciplina de Tópicos em Química, em um curso de Especialização em Ciências Exatas e Tecnologia, ofertado em uma universidade pública no interior do Rio Grande do Sul. O texto do relato apresenta dois focos: no primeiro, o enquadramento docente sobre a experiência e, no segundo, a percepção dos alunos a respeito do modelo SAI, a partir de um questionário com perguntas abertas, respondido ao término da disciplina. Os resultados apontam que, no contexto em questão, ou seja, um curso de especialização lato sensu, foram evidenciados ganhos na aprendizagem dos discentes e as dificuldades pontuais na compreensão dos conteúdos previstos pela disciplina foram equalizadas durante as aulas presenciais. Por sua vez, alguns discentes, ao avaliarem a transposição da SAI, especialmente para o contexto da Educação Básica, embora evidenciem as vantagens do modelo, também apontam alguns desafios, os quais precisam ser equacionados ou minimamente previstos durante cada experiência de ensino, de forma a compreendê-la sempre de maneira situada.
O objetivo do artigo é relatar o desenvolvimento das práticas avaliativas adotadas como estratégias docentes ao longo de um conjunto de seis semestres letivos, nos quais três deles foram caracterizados pelo uso de rubricas e três deles não, em uma disciplina de Cálculo Numérico ministrada pelo mesmo professor a diferentes cursos de graduação. A metodologia adotada é mista (quanti-quali), com predominância do viés quantitativo e foco na intervenção pedagógica (DAMIANI et al., 2013). Ao todo, foram analisados desempenhos de 305 alunos. Os dados foram tratados por meio da Estatística Descritiva e foi realizado o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, no qual se constatou diferença nos desempenhos entre os semestres com e sem adoção de rubricas. O pos hoc identificou que apenas o semestre 2017.2 (sem rubricas) não diferiu do semestre 2019.1 (com rubricas). Conclui-se, de forma geral, que os resultados se mostraram favoráveis à adoção de rubricas na avaliação discente.
Este artigo busca descrever a experiência de uma oficina voltada à qualificação da avaliação de desempenho acadêmico via utilização de rubricas (BROOKHART, 2013; FRANCIS, 2018; HOWELL, 2014), realizada junto a estudantes da Licenciatura em Matemática de uma universidade pública no interior do Rio Grande do Sul. A pertinência da temática se dá pelo fato de que a formação inicial, de forma geral, dispensa poucas oportunidades aos licenciandos, ao longo dos seus cursos de graduação, para refletirem e se apropriarem a respeito dos sentidos produzidos pela avaliação nos contextos de ensino. Dessa forma, a produção de espaços alternativos e complementares à sala de aula regular, como os promovidos por meio de oficinas, pode contribuir para ampliar as experiências dos graduandos a respeito da capacidade de se tornarem avaliadores mais qualificados no exercício dos seus papéis imediatos (como alunos, através da autoavaliação ou da coavaliação entre pares) ou futuros (como professores). Os resultados da experiência da oficina piloto apontam para a necessidade de ampliação das oportunidades coletivas para discussão sobre as práticas avaliativas, bem como instrumentalizar os licenciandos com ferramentas orientadas teoricamente, com vistas a qualificar os procedimentos vinculados à avaliação, como pode ser o exemplo da avaliação via utilização de rubricas.
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