2002
DOI: 10.1590/s0104-44782002000100005
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Descentralização, financiamento e regulação: a reforma do sistema público de saúde no Brasil durante a década de 1990<A NAME="top1"></A>

Abstract: Este artigo discute as políticas públicas no setor de saúde como parte da reforma do Estado brasileiro nos anos 90. A descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS) e a busca de alternativas de financiamento diante de um cenário de crise econômica são os principais pontos da agenda desse período, no qual também destacou-se a força política adquirida pelo Ministério da Saúde a partir de 1998, na gestão de José Serra.

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“…as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada (segundo a complexidade tecnológica), com direção única em cada esfera de governo (Costa, 2002).…”
Section: O Arcabouço Político-institucionalunclassified
“…as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada (segundo a complexidade tecnológica), com direção única em cada esfera de governo (Costa, 2002).…”
Section: O Arcabouço Político-institucionalunclassified
“…Em 1986, a participação dos leitos públicos caiu para 22% (Barros, Piola & Vianna, 1996). A opção privatista consolidou-se com a criação, em 1975, do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS), que chegou a destinar ao setor privado, em 1977, 80% do valor dos financiamentos aprovados para a área da saúde (Costa, 2002). Somase a isso o fato de esse movimento não ter sido submetido a controles ou regras, resultando na concentração espacial dos equipamentos de atenção médico-hospitalar nas regiões Sul e Sudeste.…”
Section: Carlos Aurélio Pimenta De Fariaunclassified
“…Nesse período consolidou-se o Movimento pela Reforma Sanitária, cujas principais bandeiras eram: a melhoria das condições de saúde da população; o reconhecimento da saúde como direito social universal; a responsabilidade estatal na provisão das condições de acesso a esse direito; a reorientação do modelo de atenção sob a égide dos princípios da integralidade da atenção e da equidade; e a reorganização do sistema com a descentralização da responsabilidade pela provisão de ações e serviços (Mercadante, 2002). Esse movimento de reforma, no sentido da universalização pública da cobertura de saúde, ocorria simultaneamente às propostas de entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), para que se desse maior atenção à saúde (Costa, 2002). O grande marco do movimento foi a 8ª Conferência Nacional 3 A lógica de pagamento por procedimento médico contribuiu para a ocorrência de iatrogenias -alterações patológicas provocadas no paciente por diagnóstico ou tratamento médico de qualquer tipo -, entre elas a prática da cesariana desnecessária, já que o parto cirúrgico foi mais bem contemplado na tabela do que o parto normal.…”
Section: Carlos Aurélio Pimenta De Fariaunclassified
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“…Segundo Costa (2002), este debate seguiu as recomendações de um documento do Banco Mundial, datado de 1987, que apontava quatro políticas básicas visando à reforma dos sistemas de saúde nos países em desenvolvimento: cobrança aos usuários dos serviços oferecidos pelo governo; estímulo à utilização de planos privados de cobertura de riscos; utilização mais eficiente de recursos governamentais e descentralização dos serviços. Dentre essas políticas, a descentralização foi a que ganhou maior destaque, por possibilitar a convergência entre interesses das instituições estrangeiras, dos órgãos governamentais e do movimento sanitarista.…”
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