RESUMOEste estudo teve como objetivo compreender as transformações que o conceito de cuidado adquire durante o processo de formação, na graduação de enfermeiros. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com referencial da fenomenologia existencial de Martin Heidegger. Para o desenvolvimento do estudo foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 12 enfermeiros recém-formados, todos egressos do currículo integrado do curso de enfermagem da Universidade Estadual de Londrina, cujo tempo de atuação profissional variou de seis meses a três anos. A coleta de dados ocorreu entre maio e novembro de 2011. Os resultados foram organizados em três unificações ôntico-ontológicas pertencentes ao movimento de se tornar um enfermeiro cuidador. A primeira unificação aborda o início da graduação e sua aproximação com o cuidado; a segunda trata da aprendizagem do cuidado no processo de formação; e a terceira versa sobre o findar da graduação e as projeções para a vida profissional. Concluiu-se que há necessidade de, na formação da graduação em enfermagem, intensificar ações de educação fundamentadas na existência humana, compreendendo o ser estudante como um ser em desenvolvimento, que precisa encontrar referências e significados próprios para se tornar um cuidador autêntico.