As miopatias inflamatórias idiopáticas são doenças musculares reumáticas raras, heterogêneas, progressivas, de caráter crônico, autoimune e de acometimento musculoesquelético e sistêmico. O objetivo deste artigo foi analisar estudos que abordassem os efeitos dos exercícios fisioterapêuticos nas miopatias inflamatórias idiopáticas. Tratou-se de uma revisão sistemática nas bases de dados PubMed, MEDLINE, SciELO e LILACS, de estudos nas línguas portuguesa, inglesa ou espanhola, publicados entre janeiro de 2006 e janeiro 2016, com base nos descritores primários “miosite”, “polimiosite” ou “dermatomiosite” em cruzamento com os descritores secundários “fisioterapia” e “exercício”. Os resultados apontaram predominância e grande interesse pela abordagem cardiorrespiratória dos indivíduos. Apesar disso, a literatura demonstrou carência nas fontes científicas que explorassem a abordagem fisioterapêutica nas disfunções osteomioarticulares causadas pelas miopatias inflamatórias idiopáticas, visto que é um conjunto de doenças que provocam, além do comprometimento sistêmico, sérios agravamentos no sistema musculoesquelético. Concluiu-se que um programa de exercícios aeróbicos e resistidos supervisionado, com intensidade moderada e duração de 12 semanas, parece ser uma estratégia segura e produz efeitos positivos sobre o condicionamento físico, a função física, a força e resistência muscular, a qualidade de vida e as atividades de vida diária em indivíduos com miopatias inflamatórias idiopáticas, tanto na fase aguda quanto na fase crônica, sem exacerbar os sintomas da doença ou causar aumento nos indicadores inflamatórios. Palavras-chave: Miosite. Polimiosite. Dermatomiosite. Fisioterapia. Exercício.