Delineamento de sistemas eletrônicos para guiar pessoas com deficiência visual em redes de metrô

Inovação no design de navegação para a mobilidade de pessoas com deficiência visual no Metrô de São Paulo

“…Realizada entre setembro e outubro de 2015 e registrada por Mariani (2016), utilizou-se de observações e entrevistas como instrumentos de pesquisa, constituindo-se de testemunhar individualmente, sem interferência, a movimentação de seis pessoas com diferentes tipos de deficiência visual, passageiros frequentes do Metrô de São Paulo, enquanto circulavam por diferentes estações em suas rotas habituais para o trabalho, escola ou lazer. No objetivo de complementar a interpretação dos dados obtidos na observação, foi utilizado o método de entrevistas individuais, semiestruturadas e face a face, com onze funcionários de design de sistemas operacionais e de contato direto com passageiros nas estações do Metrô de São Paulo, além de entrevista com dois instrutores de orientação e mobilidade.…”

“…Uma consulta à network dos autores, à internet e aos fóruns de metrôs mundiais CoMET e Nova 1 identificou a existência de algumas tentativas de desenvolvimento de sistemas eletrônicos para orientar passageiros. Os resultados desta busca foram relatados por Mariani (2016) .…”

“…Uma forma confiável de obter-se maiores exatidões de posicionamento, de forma independente do GPS, consiste na inserção de elementos balizadores do ambiente, estabelecendo-se nestes equipamentos um papel de intermediadores eletrônicos de comunicação de posição e direção. Esta é a base de funcionamento do sistema NavGATe, cujo design considerou as pesquisas científicas de Mariani (2016) Por não ser visível e por ser direcional, a radiação infravermelha é muito utilizada em tecnologias de transmissão de dados de curta distância, no design de aparelhos que precisam estar alinhados, como o sistema NavGATe. A figura 3 ilustra o espectro de frequências de radiações, destacando a região infravermelha na qual trabalha o sistema NavGATe.…”

“…Contudo, 72% desses mesmos passageiros prefeririam ter maior independência para usarem o Metrô (MARIANI, 2016).…”

“…Estes resultados demonstram a possibilidade de orientar pessoas com deficiência visual em estações de Metrô por meio de voz eletrônica, fornecendo opções que possibilitam a tomada de decisão para incrementar a autonomia. Os resultados corroboram com a pesquisa de Mariani (2016), ao confirmar a utilidade da audiodescrição de ambientes na autonomia da tomada de decisão da pessoa com deficiência visual em estações de metrô.…”