“…Cada um desses missionários franceses tenta perscrutar cada detalhe do cotidiano experimentado, de modo a aproximar o leitor da viva presença daquela realidade, ainda que sob a égide dos dogmas cristãos, por vezes, revisitados. Lestringant (2000) explica que Léry era um calvinista huguenote que não queria achar que o Brasil fosse uma nação incipiente, mas apresentar, em seus relatos, um lugar definidor de uma nação já existente; não há inocência em seu relato nem a pretendia buscar. Na linha de uma 'ilustração arqueológica', Farago (2017), porém, analisa o modo pelo qual, nesta obra de Léry, se trata o nativo na forma de objeto, sendo que o narrador francês foi um dos pioneiros em classificá-los conforme a aparência visual.…”