“…Mesmo na defesa de uma política multilíngue, no geral, em muitas sociedades, a adoção de uma língua franca é valorizada como o componente essencial para impulsionar o ideal de transformação e progresso (COTS; LLURDA & GARRETT, 2014). Consideramos políticas linguísticas as normas e regras adotadas para a gestão das práticas de linguagem, por indivíduos, desde o nível governamental e supranacional, passando por toda uma gama de instituições (educacionais, religiosas, militares) e domínios como a mídia e o mundo corporativo dos negócios, chegando até ao nível familiar (SPOLSKY, 2009(SPOLSKY, , 2012. Assim, quando os membros de uma família, cujos progenitores são indivíduos falantes de línguas diferentes, decidem que seus filhos serão criados em um meio bilíngue, para que ambas as línguas de comunicação da família sejam preservadas e compartilhadas por todos os seus membros, ela revela, com esta decisão, um modelo de gestão próprio, embutido de ideologias e valores particulares, que representam uma ação no campo da política linguística.…”