2016
DOI: 10.1590/1981-5794-1604-1
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A invenção colonial das línguas da América

Abstract: ■ ABSTRACT: We aim at critically discussing the colonial process of language discursivization in America. Such discursivization integrated the Iberian colonial mechanism, centered in Spain and Portugal, from the sixteenth century on. The paper presents and discusses the way languages and people were put into discourses from a power framework centered on the logic of modernity/coloniality. Examples of this discursivization include the production of grammars, dictionaries, word lists, catechisms and the translat… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
1
0
9

Year Published

2018
2018
2022
2022

Publication Types

Select...
6
1

Relationship

0
7

Authors

Journals

citations
Cited by 10 publications
(10 citation statements)
references
References 14 publications
0
1
0
9
Order By: Relevance
“…142 data are analyzed in the light of the studies developed by Foucault (2014), with regard to the enunciated. Of authors who reflect contemporaneity as Thompson (1998), Ortiz (2003), Canclini (2005), Hall (2005) and a critical perspective on the teaching of Language as Rajagopalan (2003), Assis-Peterson e Cox (2006, 2013, Moita Lopes (2006, 2013, Pennycook (2006), Zolin-Vesz (2015 e Severo (2016). The analysis pointed out that most of the students join the monolingual discourse.…”
Section: Apresentaçãomentioning
confidence: 99%
See 1 more Smart Citation
“…142 data are analyzed in the light of the studies developed by Foucault (2014), with regard to the enunciated. Of authors who reflect contemporaneity as Thompson (1998), Ortiz (2003), Canclini (2005), Hall (2005) and a critical perspective on the teaching of Language as Rajagopalan (2003), Assis-Peterson e Cox (2006, 2013, Moita Lopes (2006, 2013, Pennycook (2006), Zolin-Vesz (2015 e Severo (2016). The analysis pointed out that most of the students join the monolingual discourse.…”
Section: Apresentaçãomentioning
confidence: 99%
“…Severo (2016), ao discorrer sobre o processo colonial de discursivização das línguas na América, afirma que a ideia de língua como unidade "favoreceu as políticas estatais centradas no modelo dos Estados modernos e racionalizados. " Desse modo,[...] a concepção de língua, herdada do modelo clássico e apropriada pelos Estados Modernos, centra-se na ideia de língua como espelho do pensamento e de que cada cultura (nação) teria sua própria língua, ratificando a sobreposição entre língua, cultura e pensamento(SEVERO, 2016, p. 18).De acordoAssis-Peterson (2008), nas sociedades complexas da contemporaneidade, o cruzamento linguístico é um fenômeno inevitável, visto que cada vez mais pessoas vivem e interagem em espaços reais e virtuais, permeados por fluxos linguísticos e culturais que colocam em circulação, principalmente, o inglês, a língua da globalização.…”
unclassified
“…Não há espaço para dar visibilidade aos ressentimentos e conflitos sociolinguísticos que refletem ainda a divisão social que o colonialismo impôs às sociedades africanas e que, no fundo, é sinalizada pelas diferentes formas como a língua funciona socialmente, ou seja, os estratos que a têm como língua materna, os que a falam como segunda língua e os que não a conhecem (FARACO, 2016, p. 317). Severo (2016), ao discorrer sobre a processo colonial de discursivização das línguas na América, entende que por nascerem no contexto colonial, constituem as formas de expressão das "práticas colonizadoras e modernizadoras, como a cristianização, a folclorização, a cientificização e a escolarização" (2016, p. 11). Por conseguinte, "não por acaso, em contexto africano, o letramento e a educação linguística assumem um papel ambivalente, como instrumentos de controle e/ou como formas de emancipação social (SEVERO, 2016, p. 12, apud MAKONI, 2003.…”
Section: O Valor Das Línguasunclassified
“…É nesse mosaico de filiações identitárias e linguísticas (Irala, 2004) que firmamos o compromisso de discutir de que forma as políticas de "invenção" das línguas (Blommaert e Verschueren, 2012;Canagarajah, 2013;Luz, 2009;Moita Lopes, 2013a, 2013bMakoni e Pennycook, 2005;Pinto, 2013;Gramling, 2016;Severo, 2016) têm ocupado espaço considerável no processo de compreensão e interpretação das práticas de linguagem dos sujeitos dentro e fora das aulas de "línguas" no Brasil. Para isso, lançaremos mão de conceitos trabalhados por algumas perspectivas contemporâneas/pós-coloniais como é o caso da Linguística Aplicada Crítica que vem discutindo com mais frequência o que se tem chamado de práticas translíngues (Canagarajah, 2013;Rocha e Maciel, 2015), translingualismo (Garcia, 2009) polilanguagismo (Jørgensen et al, 2011) e metrolingualismo (Otsuji e Pennycook, 2010), que são orientações que vêm questionar os paradigmas monolíngues que não só têm embasado os estudos sobre a linguagem, como negligenciado as mudanças de natureza econômica, política, sociocultural e tecnológica na forma como se tem produzido conhecimento.…”
Section: Inventando O Começo Da Históriaunclassified
“…Ao discorrer sobre o interesse das missões católicas pelas "línguas exóticas" das Américas, Severo (2016) aponta que o processo de "gramatização" das línguas indí-genas foi um dos instrumentos que criou condições para o "sucesso" da empreitada colonial. Dessa forma, podemos observar que o grande projeto colonial da invenção tinha como principal objetivo transformar as línguas e culturas "descobertas" em objetos de conhecimento europeu, isto é, inventar línguas e culturas não semelhantes às europeias, mas sim semelhantes ao que os europeus achavam como elas deveriam ser (Makoni e Pennycook, 2005).…”
Section: Inventando O Começo Da Históriaunclassified