Currículo, cultura e formação de professores

Abstract

RESUMOO artigo apresenta reflexões sobre currículo e formação de professores, situando-as no contexto de um mundo multicultural dominado pela lógica neoliberal. Discute em que medida os atuais currículos dos cursos de formação de professores estão formando profissionais capazes de atuar como intelectuais questionadores do existente, multiculturalmente orientados e preocupados em pesquisar e aprimorar suas próprias práticas. Revê, então, a concepção do professor como intelectual transformador e como profissional reflexivo, defendendo que na formação docente se levem em consideração as diferentes dimensões da prática pedagógica. Palavras-chave: currículo, formação de professores, multiculturalismo. ABSTRACTThis paper offers a reflection on curricula and teacher's formation, placing it in a multicultural world which is ruled by neoliberal logic. Present curricula are discussed and they way they might influence teacher's formation as intellectuals capable of questioning what is presently multiculturally presented and concerned about research and how to make their own practices even better developed. It reviews the teacher's concept as an intellectual who can accept changes and as a professional who is capable of reflections, supporting teaching formation and different dimensions of pedagogical practice.

Estudo Comparativo entre o Currículo Mundial e os Currículos dos Cursos de Ciências Contábeis em IES Federais do Estado do Rio de Janeiro

“…Na opinião de Magalhães e Andrade (2006) e, o currículo representa uma proposta educacional por meio da qual uma IES se responsabiliza por sua fundamentação, implementação e avaliação. Moreira (2001) sugere então que o processo curricular no ensino superior envolva tanto a análise das ideias componentes do campo do currículo, como das ideias que disputam espaço e prestígio no âmbito do currículo da área específica de um dado curso.…”

Oficina de GPS para pescadores na Reserva Extrativista do Batoque – Aquiraz /CE

“…Vários argumentos serviram de base para a defesa deste ponto de vista: Alvarez Méndez (1990), Laneve (1993), Moreira (2001), Nóvoa (2002), Tardif (2002Tardif ( , 2010, Abreu et al (2006), Cavalcanti (2006, Passos (2009), Pimenta (2010.…”

Inovação de práticas, mudança educativa e o uso de computadores portáteis na escola pública: a visão dos professores

“…No âmbito educacional, faz-se mister investir em uma formação de professores que discuta as estreitas relações entre conhecimento e poder, quais as relações sociais estabelecidas na prática curricular, como o conhecimento escolar tem contribuído para preservar relações de poder que oprimem determinados grupos e indivíduos e garantem o sucesso de outros, afrontando os critérios de uma verdade supostamente universal, abrindo-se ao mesmo tempo ao diálogo, a um projeto mais amplo de construção da solidariedade e de uma sociedade democrática (MOREIRA, 2001). É importante sinalizar que a discussão do uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) em Educação apresenta-se no interior dessas discussões e precisa desvelar os processos de exclusão no campo educacional também por meio do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).…”

“…Em seu texto "Currículo, cultura e formação de professores", Antônio Flávio Barbosa Moreira (2001), discute essas ideias -a partir de autores como Giroux (1988), Sarlo (1999), Said (1996) -e mostra que é preciso considerar o trabalho docente como intelectual e não apenas de natureza técnica, em seguida desenvolve argumentações sobre o professor como intelectual, conforme propõe Giroux (1988), sustentando que o professor precisa atuar como intelectual transformador, um profissional capaz de articular e desenvolver possibilidades emancipatórias em espaços mais específicos com base em uma pedagogia crítica, esforçando-se para tornar "o pedagógico mais político e o político mais pedagógico", unindo a linguagem da crítica à linguagem da possibilidade, entendendo a sala de aula como espaço de produção de novas formas culturais, novas práticas sociais e novos modos de comunicação. Moreira (2001) pontua que, nos anos 1990, Giroux repensa e reelabora a sua ideia de professor intelectual transformador, passando a falar em professor intelectual público.…”

“…Moreira (2001) pontua que, nos anos 1990, Giroux repensa e reelabora a sua ideia de professor intelectual transformador, passando a falar em professor intelectual público. Esse professor deve estar voltado para ampliar os espaços públicos em que discussões -com o projeto coletivo de uma cultura pautada por liberação e por justiça -possam ocorrer, associando-se ao caráter político da prática docente, valorizando a esfera cultural, preocupando-se com o caráter discursivo dessa prática, acreditando na importância do debate público.…”