2006
DOI: 10.1590/s1414-49802006000100006
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Criminalidade juvenil e estratégias de (des)confinamento na cidade

Abstract: A problematização apresentada neste trabalho integra um projeto transdisciplinar de pesquisa, cujo ponto de partida é a preocupação das comunidades com a criminalidade. A cidade de São Leopoldo - município com 200 mil habitantes, situado na Região Metropolitana da capital do estado do Rio Grande do Sul - é tomada como referência na análise da cultura do medo relacionada ao jovem infrator. Os dados do município apontam os maiores indicadores na região, que apresenta a maior taxa de internação de adolescentes e … Show more

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“…Um dos grupos sociais que interferem com frequência na dinâ-mica segregatória das cidades são os jovens da periferia: adolescentes e jovens (2006, p. 54), são como "adolescentes trancados de fora" que "se veem projetados em um espaço infinito, muito embora colocados de fora, fechados numa exterioridade". Esses jovens, pobres e em sua maioria negros, sofrendo duplamente o preconceito, são caracterizados, nas cidades, por andanças, nomadismos, deslocamentos sem rumo e agitações sem objeto (quando estão, por exemplo, fora do sistema educacional ou do mercado de trabalho, algo muito comum) (Oliveira et al, 2006). Oliveira et al (2006) afirmam que essa dinâmica de exclusão estimula a existência de práticas de resistência, as quais podem ocorrer em um sentido de oposição ou afirmação de uma existência a quem são destinadas políticas públicas precárias, criando uma associação entre trabalho e condição penosa:…”
Section: Das Práticas De Resistência à Segregação Socioespacialunclassified
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“…Um dos grupos sociais que interferem com frequência na dinâ-mica segregatória das cidades são os jovens da periferia: adolescentes e jovens (2006, p. 54), são como "adolescentes trancados de fora" que "se veem projetados em um espaço infinito, muito embora colocados de fora, fechados numa exterioridade". Esses jovens, pobres e em sua maioria negros, sofrendo duplamente o preconceito, são caracterizados, nas cidades, por andanças, nomadismos, deslocamentos sem rumo e agitações sem objeto (quando estão, por exemplo, fora do sistema educacional ou do mercado de trabalho, algo muito comum) (Oliveira et al, 2006). Oliveira et al (2006) afirmam que essa dinâmica de exclusão estimula a existência de práticas de resistência, as quais podem ocorrer em um sentido de oposição ou afirmação de uma existência a quem são destinadas políticas públicas precárias, criando uma associação entre trabalho e condição penosa:…”
Section: Das Práticas De Resistência à Segregação Socioespacialunclassified
“…Esses jovens se tornam temidos e rejeitados não só pelo potencial social e simbólico de delito que representam, como violências, roubos, assaltos, mas, igualmente, por serem uma das faces da desigualdade e do esgotamento de valores na sociedade. Seus delitos funcionam como sinais do fracasso do processo planejado e organizado de segregação das cidades (Oliveira et al, 2006). Por isso, estão resistindo e, em alguns casos, também ressignificando espaços urbanos e seus usos e sentidos sociais hegemônicos.…”
Section: Das Práticas De Resistência à Segregação Socioespacialunclassified
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“…A mobilidade dos adolescentes e seus itinerários de tentativas de acesso à cidade e o modo de comunicar-se são reflexões propostas por alguns artigos (Oliveira, Wolff, Henn, & Conte, 2006). Num outro foco de abordagem, há artigos que estudam a construção feita pelas mídias sociais, da "representação social" dos adolescentes que cometeram ato infracional (Soares;Destro;Souza, 2012;Njaine, 2006;Njaine;Minayo, 2002;Espíndula et al,2006).…”
Section: C) Violência Juvenil E Violações De Direitosunclassified