Crenças de eficácia de gestores escolares e as metas do IDESP

Abstract

Esta pesquisa dedicou-se a investigar as relações entre as crenças de eficácia dos gestores escolares e o cumprimento da meta do IDESP das escolas estaduais de São Paulo por eles administradas. Foi realizada por meio de recursos para coleta de dados on line, tendo como participantes 228 gestores escolares. Por meio da análise quantitativa, foi constatado que a idade e a crença de autoeficácia para aspectos instrucionais foram as variáveis que se mostraram mais importantes para explicar o cumprimento da meta no IDESP. Por meio da análise qualitativa, verificou-se que os gestores escolares que disseram ter autoeficácia mais fortes foram os que cumpriram as metas, sendo que o cumprimento das mestas foi realizado devido ao envolvimento dos gestores com os aspectos de ensino e aprendizagem.

Crenças De Autoeficácia Na Educação: Revisão Sistemática Do Período 2007-2017

“…No Ensino Médio, quanto maior o tempo de atuação do professor em uma mesma escola, maior a percepção de autoeficácia docente (CASANOVA, 2013), quanto maior a titulação (CASANOVA, 2013), maior o tempo de docência (FERNANDEZ, 2015) e as crenças de autoeficácia. Os docentes relataram uma crença mais robusta no uso de estratégias instrucionais, no manejo de sala de aula e no incremento e engajamento dos alunos.…”

Gestão Escolar E Idesp: Análise Do Desempenho De Escolas Do Interior De São Paulo / School Management and Idesp: School Performance Analysis in the Countryside of the State of São Paulo

“…da falta de engajamento dos alunos na realização das avaliações. (CASANOVA;RUSSO, 2018) Apesar de todas as adversidades e desestímulos a carreira docente, principalmente na esfera pública, com condições precárias de trabalho, respaldo, segurança e cursos de aperfeiçoamento por parte da secretaria da educação, a equipe gestora e o corpo docente acabam por buscar condições e cursos de aperfeiçoamento para melhorarem o ambiente de trabalho, estimular a aprendizagem e o ensino, resultando não apenas em melhoras de índices de avaliações externas, mas em benefícios para toda a comunidade escolar (BANDURA, 1997;MARTINS, 2012). Analisando os resultados do Idesp no período de 2014 a 2018 em quatro escolas estaduais do município de Mogi Mirim, interior de São Paulo pertencentes a Diretoria Regional de Ensino de Mogi Mirim, nos ensinos fundamental anos finais (9° ano) e ensino médio, os índices ilustram um comportamento atípico com variações entre os períodos analisados e principalmente entre a localização das escolas, quantidade de alunos matriculados e tipo de ensino e funcionamento oferecido nas escolas.Anualmente a Seduc-SP estipula para todas as escolas estaduais metas de desempenho, com tendência de evolução gradual, para o Idesp.…”

“…Não apenas para as escolas analisadas, mas generalizando a nível estadual e em consonância com a bibliografia, as unidades escolares que cumprem a meta do Idesp são as menores escolas, em número de alunos matriculados no geral e com turmas pequenas, baixa rotatividade de professores e da gestão, com pais e alunos atuantes no cotidiano escolar, com corpo docente assíduo e sempre em busca de formação acadêmica. Há também um treinamento dos alunos, por parte da gestão e dos professores, para a realização destas avaliações externas.Com todos estes aspectos a equipe gestora destas escolas, que atingem a meta do Idesp, também é mais eficaz tanto no planejamento e na execução de ações de caráter pedagógico como no engajamento dos professores, alunos e familiares no cotidiano escolar, assumindo um papel de gerência e liderança (BONAMINO;LIMA, 2013;CASANOVA;RUSSO, 2018). Entretanto, nas escolas que obtém baixo desempenho no Idesp não identifica-se com frequência a figura de liderança da gestão, com isso, muitas vezes, não há empenho e participação dos professores, alunos e comunidade escolar nos projetos educacionais.…”

“…Porém, muitos gestores não admitem esta falta de liderança e acabam por culpar o sistema educacional público, professores e alunos por este baixo desempenho. (CASANOVA;RUSSO, 2018)…”