“…Como consequência, é perceptível a redução da autonomia e do poder de agir dos indivíduos em campo (CLOT, 2010), uma frágil declaração de situações reais à gestão (BRINGAUD et al, 2016) e uma ruptura dos coletivos de trabalho da gestão com a operação (JOURNÉ et al, 2020). Dessa forma, as organizações se caracterizam por trabalhadores operacionais mudos, que não querem falar do campo, e gestores surdos, que não querem ouvir o campo (ROCHA et al, 2019). Temos, assim, todas as condições para produzir o chamado "silêncio organizacional", quando "a escolha dominante dos empregados no interior de diversas organizações é guardar para si próprios as suas opiniões e preocupações em relação aos problemas organizacionais" (MORRISON; MILLIKEN, 2000, p. 707).…”