“…Nos Estados Unidos e no Canadá, surgiu o "smiling racism" (Codjoe, 2002), baseado na elaboração de uma agenda política racial que evita referências raciais diretas, enquadrando-se no "color-blind racism" ou ainda no "racismo sem racistas" (Bonilla-- Silva, 2013). No caso do Brasil, temos o "racismo cordial" (Turra & Venturi, 1995) e, mais recentemente, como invenção dos conservadores, o racismo vitimista, o chamado "mimimi" das minorias (Lima, Barbosa, Araujo, & Almeida, 2020). Em todos esses tipos de racismo as expressões agressivas tornam-se mais indiretas e sutis, assumindo uma lógica do "deixe tudo como está" ou racismo "laissez faire" (Bobo, Kluegel, & Smith, 1996).…”