IntroduçãoNos últimos anos, o índice de cárie dentária entre escolares apresenta constante decréscimo no Brasil e em outros países. No entanto, a prevalência de cárie entre os pré-escolares ainda aponta dados preocupantes, principalmente nos grupos com precárias condições de vida [1][2][3][4] . Dados do SB Brasil 2010 5 revelam que, aos cinco anos de idade, uma criança brasileira tem em média 2,43 dentes com experiência de cárie, sendo a proporção de dentes cariados sensivelmente maior nas regiões Norte e Nordeste do país, ou seja, apenas 46,60% das crianças brasileiras estão livres de cárie. Esse percentual ainda está consideravelmente distante da meta preconizada pela Organização Mundial da Saúde, que divulgou que 90% das crianças de cinco e seis anos de idade deveriam estar livres da doença para o ano de 2010 6 . Tal situação reflete, em parte, o perfil das políticas de saúde bucal no Brasil, onde historicamente prioriza-se a assistência odontológica em detrimento das ações preventivas e de promoção de saúde bucal, deixando, particularmente, as crianças em idade pré-escolar à margem do processo