IntroduçãoDentes supranumerários são aqueles que se desenvolvem além da série normal [1][2][3][4][5][6][7][8][9] . Sua etiologia ainda não está bem elucidada, mas acredita-se que esteja relacionada à hiperatividade da lâmina dentária, traumatismo ou mesmo hereditariedade 4,6,7,[9][10][11][12][13][14] . Esses dentes podem ser encontrados em qualquer área dos arcos dentais, sendo que a localização mais frequente é na linha média da maxila, entre os incisivos centrais, onde são chamados mesiodentes 3,[6][7][8][9][10][11][12]14,15 .
IntroduçãoNos últimos anos, o índice de cárie dentária entre escolares apresenta constante decréscimo no Brasil e em outros países. No entanto, a prevalência de cárie entre os pré-escolares ainda aponta dados preocupantes, principalmente nos grupos com precárias condições de vida [1][2][3][4] . Dados do SB Brasil 2010 5 revelam que, aos cinco anos de idade, uma criança brasileira tem em média 2,43 dentes com experiência de cárie, sendo a proporção de dentes cariados sensivelmente maior nas regiões Norte e Nordeste do país, ou seja, apenas 46,60% das crianças brasileiras estão livres de cárie. Esse percentual ainda está consideravelmente distante da meta preconizada pela Organização Mundial da Saúde, que divulgou que 90% das crianças de cinco e seis anos de idade deveriam estar livres da doença para o ano de 2010 6 . Tal situação reflete, em parte, o perfil das políticas de saúde bucal no Brasil, onde historicamente prioriza-se a assistência odontológica em detrimento das ações preventivas e de promoção de saúde bucal, deixando, particularmente, as crianças em idade pré-escolar à margem do processo
A dentinogênese imperfeita (DI) apresenta etiologia autossômica dominante envolvendo má formação dentinária durante a histodiferenciação. Os dentes apresentam coloração marrom-azulada com transparência distinta. No exame radiográfico, observam-se coroas bulbosas, constrição cervical e câmaras pulpares obliteradas. O esmalte é perdido com facilidade, expondo a dentina defeituosa subjacente, com desgaste acentuado por atrição e ocasionando perda da dimensão vertical de oclusão. Objetivo: O relato tem como objetivo apresentar um caso clínico de DI tipo II em uma paciente pré-escolar, focando no diagnóstico, bem como no tratamento reabilitador, enfatizando a importância do diagnóstico precoce. Descrição do caso: Criança de quatro anos de idade, do sexo feminino, que compareceu à clínica escola da universidade. As queixas da criança e da mãe refletiam estética desfavorável devido à coloração amarronzada, dentes quebradiços e desgastados. Havia lesões cariosas iniciais e avançadas com muita perda de estrutura dentária posterior. Foi observado ainda, um crescimento maxilar comprometido, evidenciando a protusão mandibular. O diagnóstico da DI tipo II foi realizado com base na anamnese e exames clínico-radiográficos, envolvendo o histórico familiar materno. O tratamento foi executado buscando manter a saúde bucal, juntamente com a adequação estética da paciente, usando a mínima intervenção quando possível. A criança foi acompanhada por 30 meses, quando foi direcionada para avaliação e possível tratamento ortodôntico. Conclusão: A DI causa muitos prejuízos emocionais e físicos aos pacientes portadores. O diagnóstico prematuro, associado ao tratamento conservador com revisões periódicas, auxilia na preservação estética e funcional, além de melhorar a qualidade de vida da criança.
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