Conhecendo a Linguística Queer: Entrevista Com Rodrigo Borba

Abstract

O convidado desta entrevista para o dossiê “Visibilidades e (R)existências” é Rodrigo Borba. O tema desta entrevista é a Linguística Queer afim de promover um panorama a respeito desta área na Linguística Aplicada. Como de costume em entrevistas, faz-se um panorama do que seria o tema abordado antes de passar para ela em si. Ouso dispensar esse “formalismo”, pois pensei a entrevista para pessoas curiosas e que desconhecem a Linguística Queer. Faço um convite para desbravá-la a partir das perguntas e respostas concedidas.

Pensando fora do cistema: uma reflexão sobre a linguagem não-binária

“…Queer é um significante sem um referente bem definido no mundo social (BARRET, 2002). Em entrevista com Rodrigo Borba, o linguista afirma que "o queer da LQ não é uma identidade, mas um posicionamento teórico (e, portanto, político) que se coloca contra processos de normalização e as exclusões que os acompanham" (LAU & BORBA, 2019). Dessa forma, [...] não se pode dizer que a linguística queer seja o estudo de uma categoria pré-definida e bem delimitada, como gays e lésbicas.…”

La Lingüística Cuir en diálogo con los Estudios Críticos de Discapacidad en Latinoamérica. Un estudio de caso de la prensa colombiana

“…Cabe destacar que dos trabajos recientes(Borba, 2015;Lau y Borba, 2019) han tenido por objetivo dar a conocer, en el contexto académico brasilero, los principios y las discusiones actuales de la LQ. Del mismo modo, la Asociación Brasileña de Lingüística, a través del ciclo de conferencias virtuales ABRALIN ao vivo -Linguists Online 2020, organizó una mesa sobre lingüística aplicada queer el 28 de mayo de 2020.…”

Acabava Sendo Sempre Eu O Punido, Né. Por Não Querer Estar Ali: Narrativas De Micro Violências Institucionais Para Com Pessoas Lgbtqia+

“…No capítulo 5, abordo a segunda parte das orientações teóricas que guiam este trabalho nos tópicos de Teoria Queer (Sedgwick 1985;2007[1990; Butler 2003Butler [1990; Lewis, 2012;Louro, 2020Louro, [2001; Miskolci, 2020) e Linguística Queer (Borba, 2014;2015; levando até a regulamentação dos corpos (Lívia & Hall, 2010; Louro, 2020;Garcia, 2021) e como somos subjugados a esses sistemas de organização das normas sociais desde o momento em que nascemos.…”

“…LGBTQIA+ com o intuito de trazer à luz as suas vivências e situações de violência sofridas em diferentes instituições sociais, seja relevante para a área da (Butler, 2003(Butler, [1990, Foucault, 2020Foucault, [1976; Sedgwick, 1985;2007[1990; Milani;Woff, 2015;Miskolci, 2020) e Linguística Queer (Borba, 2014;2015; são expostos. Também explicamos como ambos os campos teóricos se alinham a esta pesquisa, pois a Teoria Queer e a Linguística…”

“…A partir da Análise de Narrativas (Linde, 1993;Moita Lopes, 2001;Bastos, 2005;Bamberg, 2006;Georgakopoulou, 2006;Bastos;Biar, 2015;Biar;Orton;Bastos, 2021) irei direcionar o meu olhar para as possíveis situações de micro violências e estigmatização vividas por indivíduos por conta de suas orientações sexuais; observando, na construção narrativa, como isto afeta e/ou afetou suas trajetórias e identidades. Esta pesquisa está situada no campo da Linguística Aplicada Contemporânea (Moita Lopes et al, 2006;, com interfaces com a Linguística Queer (Borba, 2014;2015;, a qual entende que o uso da linguagem está relacionado às práticas sociais e a como construímos e entendemos quem somos e a nossa sexualidade. Além disso, também recorro à Teoria Queer (Butler, 2003(Butler, [1990, Foucault, 2020Foucault, [1976; Sedgwick, 1985;2007[1990; Milani;Woff, 2015;Miskolci, 2020;Louro, 2007;.…”