Condecorações de guerra como investidura de bens simbólicos às ex-enfermeiras febianas

Abstract

Estudo histórico e social. Objetivos: descrever o ritual de concessão da Medalha de Campanha a algumas enfermeiras brasileiras que atuaram no Serviço de Saúde da Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial e analisar os efeitos simbólicos desse ritual para o reconhecimento social de tais enfermeiras. O exame do corpus documental foi realizado mediante leitura e análise de uma fotografia, articulada aos documentos escritos e à bibliografia referente ao contexto em que foi produzida. Os achados foram iluminados pela Teoria do Mundo Social de Pierre Bourdieu. O estudo evidenciou que a presença de enfermeiras em um espaço misógino, para receber uma medalha de honra, consagrou sua aparição em um espaço público tradicionalmente ocupado por homens, contribuindo para a divulgação da imagem da enfermeira militar.

Produção científica sobre a enfermagem brasileira na II guerra mundial: um estudo bibliométrico

“…Identificou-se a participação de onze diferentes autores, sendo que a maior contribuição foi de Tânia Cristina Franco Santos (professora titular da Escola de Enfermagem Anna Nery -Universidade Federal do Rio de Janeiro), com participação em nove 4,8,11,13,[14][15][16][17]19 estudos analisados. Na sequencia estão Gertrudes Teixeira Lopes (professora titular do Departamento de Fundamentos de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e Margarida Maria Rocha Bernardes (professora auxiliar da Universidade Estácio de Sá -Rio de Janeiro) contribuindo respectivamente com oito 4,9,[12][13][14][15][16]19 e sete 4,9,[12][13][14][15]19 publicações.…”

“…O período histórico e político da II Guerra Mundial, vivenciada no Brasil em meio à Ditadura do Estado Novo, foi um momento marco para o desenvolvimento e o reconhecimento da profissão pela sociedade brasileira, sobre o que alguns pesquisadores tem se debruçado. [4][5][6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16][17][18][19] O objeto de estudo desta pesquisa é a produção científica escrita e publicada em português sobre a História da Enfermagem brasileira e sua atuação profissional durante a II Guerra Mundial. Pretende-se caracterizar esse conjunto de obras por meio de uma avaliação predominantemente quantitativa, além de entender quais os principais assuntos de interesse dos estudos, identificando as lacunas de produção intelectual a serem preenchidas.…”

Oficiais enfermeiras da marinha: da inserção no campo militar à conquista da primeira promoção [Female nursing officers in the navy: from entry into the military to first promotion]

“…Sobre as ações desenvolvidas, uma entrevistada declarou ter realizado atividades que não diziam respeito à enfermagem, a fim de concluir a organização do setor para a inauguração: Ao desempenhar as funções anteriormente descritas, a oficial enfermeira reproduziu, no espaço profissional, as tarefas maternais e domésticas, por si só definidas pelos efeitos simbólicos da dominação masculina 3 . Daí, a lógica essencialmente social do que chamamos de vocação tem por efeito produzir tais encontros harmoniosos entre as disposições e as posições, encontros estes que fazem com que os agentes possam cumprir com felicidade as tarefas subordinadas ou subalternas que lhes são atribuídas por suas virtudes de submissão, de gentileza, de docilidade, de devotamento e de abnegação 11 .…”

Rituales patrióticos y religiosos: contribución a la identidad de las enfermeras brasileña y española (1937-1945)

“…Esas enfermeras participaron de un curso obligatorio promovido por el Ejército con la finalidad de adoptar conductas militares y conocimientos relativos a la asistencia de enfermería a los heridos de guerra. De esa manera, el Ejército, mediante una rígida disciplina, impuso un habitus militar para esas enfermeras 6 .…”

“…5 Tras la guerra civil, la primera aparición pública de la organización, dirigida por Pilar Primo de Rivera, tiene lugar en mayo de 1939, en el ámbito de las conmemoraciones de la victoria. Además, en ese evento, Franco, al tiempo en que recuerda con frases impregnadas de retórica patriótica y religiosa el papel desarrollado por la organización durante la guerra, también indica la reconquista del hogar como tarea nacional de las falangistas 6 . Para dar cuenta de esa tarea, la Sección Femenina actuó en todo territorio nacional a través de las Hermandades para la Ciudad y el Campo; el Servicio Social, las Escuelas del Hogar en los barrios y en las cárceles, promoviendo actividades asistenciales y de formación y adoctrinamiento de la mujer, mediante un cierto control de su cuerpo y de sus actitudes 5 .…”