CONCEPTUAL MEANING THROUGH GUIDED WRITING AND REWRITING IN CHEMISTRY CLASSES. In this paper, the practice of guided writing and rewriting in Chemistry classes on a graduate degree in Science is shown as a teaching method that promotes conceptual meaning in Chemistry among students. The practice examined involves writing and rewriting of texts by the students-a process guided by the teacher -about main concepts in Chemistry. The experience, follow up of classes with students' reports and the results obtained confirm that the practice of guided writing and rewriting promotes conceptual meaning in Chemistry and a good level of learning.Keywords: conceptual meaning; chemical language; writing and rewriting.
INTRODUÇÃOApresenta-se, neste artigo, um recorte de pesquisa de doutoramento, 1 no qual se investigou/acompanhou as aulas de Química I em um Curso de Graduação em Ciências de uma Universidade Federal localizada na região sul do país. A pesquisa realizada em contexto real de sala de aula teve como temática a significação conceitual em química pela escrita e reescrita orientada, com a preocupação voltada, também, para a ressignificação da prática pedagógica. Diferentes instrumentos pedagógicos foram utilizados para possibilitar a escrita e a reescrita: um caderno individual de orientações que perpassou todo o semestre no qual os estudantes escreviam sobre questionamentos realizados em aula ou sobre aulas experimentais, sendo que cada escrita foi corrigida pela professora regente orientando a sua reescrita; provas descritivas com reescrita de respostas dadas; elaboração de mapas conceituais. A professora registrou, também, em diário de bordo, tudo o que pudesse auxiliá-la na ressignificação da prática pedagógica e na própria qualificação de seu ofício.Neste artigo apresentam-se, especificamente, a prática da escrita e da reescrita orientada como metodologia do ensino comprometido com a boa aprendizagem dos alunos. Para tanto, descreve-se cada um dos instrumentos pedagógicos utilizados e avalia-se seu uso pensando na sua contribuição para as aulas de química e na sua operacionalidade em diferentes contextos de ensino. O texto está subdividido em três partes: uma mais teórica na qual dialoga-se sobre a importância do uso da escrita e reescrita nas aulas de Química, com atenção para a linguagem química e a sua significação. Nesse diálogo o aporte teórico consiste num referencial que vem discutindo sobre tal temática em âmbito nacional e internacional. Em perspectiva de cunho histórico--cultural, considera-se a linguagem como constitutiva do sujeito e a sua significação como inerente à formação do pensamento. Nesse sentido, defende-se a inserção cuidadosa e qualificada da linguagem química em sala de aula. Para isso, a prática da escrita e da reescrita orientada mostrou-se caminho eficaz para aprender química e constituir pensamento químico sobre o real. Na segunda parte, ainda em perspectiva teórica, apresentam-se os resultados construídos mediante revisão bibliográfica realizada no periódico Química Nova que teve como...