Conceito de grupo na percepção de enfermeiros na área de saúde mental e psiquiatria

Aspectos simbólicos envolvidos em atividade grupal para pessoas que convivem com HIV

“…Sobre a ótica do portador, este pertence a um lugar sem inibições, sem medo de errar e ao mesmo tempo afirmando a segurança que sente e que outros membros do grupo atribuem a ele. Sua percepção pessoal se modifica e passa a adquirir uma posição equiparada a um profissional, devido à visibilidade deste perante o grupo e a confiança em seus conhecimentos, o que demonstra novamente uma percepção grupal sem grau de hierarquia frente ao profissional de saúde dentro do grupo (11) .…”

“…Vários profissionais desenvolvem seu trabalho em grupo, tanto na assistência, como em atividades junto às equipes multiprofissionais, sendo esta prática muito utilizada na Saúde Pública e no âmbito hospitalar e ambulatorial (10)(11) .…”

A vivência de pessoas com estomia intestinal no grupo de apoio em um Hospital Universitário

“…Ali são oferecidos apoio emocional e informações educativas para o aumento das capacidades de seus membros, para o enfrentamento e a solução dos problemas, reforçando o sistema de apoio entre os pacientes. 22,23 Os componentes do grupo se identificam por semelhantes com as mesmas características e se ajudam reciprocamente, sem interesse financeiro, com princípios como: compartilhamento de experiências; educação e aprendizagem; autoadministração; aceitação de sua própria responsabilidade; objetivo único; voluntariado; desejo de mudança de vida e anonimato e respeito por todos do grupo. [22][23] Os grupos de apoio permitem o encontro de pessoas com problemas semelhantes, o que facilita a troca de vivências e auxiliam as pessoas a encontrarem uma nova forma de conviver com o estoma.…”

Efetividade da intervenção breve grupal realizada por enfermeiros no uso de risco e nocivo de álcool

“…Dessa forma, o profissional enfermeiro deve se apropriar da ferramenta "grupos terapêuticos" como suporte tecnológico para a enfermagem em adições, uma vez que estes constituem-se, atualmente como a principal estratégia empregada nos CAPS ad e na saúde coletiva nacional (Bourguignon, Guimarães, Siqueira, 2010;Spadini, Souza, 2011), Sendo assim, tendo em vista que o trabalho em grupo trata-se de uma ferramenta importante na assistência do enfermeiro no cuidado a pacientes com doenças crônicas (diabetes, hipertensão etc. ), no tratamento da dependência de substâncias psicoativas, dentre elas o álcool, nos centros especializados e revela sua potencialidade principalmente nos serviços de atenção primária à saúde devido a equipe de enfermagem se constituir em maior número e ter maior contato, o que pressupõe maior vínculo com os pacientes, torna-se relevante se pensar no uso do trabalho em grupo objetivando a mudança de comportamento do uso de risco e nocivo de álcool na população atendida na atenção primária à saúde pelo enfermeiro.…”

“…O enfermeiro apesar de ser um profissional chave na aplicação de grupos de intervenção ao uso de drogas, continua sendo um profissional subutilizado em serviços de atenção primária a saúde para realizar este tipo de atendimento (Lock et al, 2006), sendo que estudos sobre abordagem grupal dos enfermeiros em centros de atenção psicossocial álcool e outras drogas têm mostrado eficácia (Cassol et al, 2012, Bourguignon, Guimarães, Siqueira, 2010Spadini, Souza, 2011).…”