2011
DOI: 10.4013/htu.2011.151.09
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Comunidades tradicionais da Floresta de Araucária de Santa Catarina: territorialidade e memória

Abstract: Resumo. Este artigo discute a construção de uma territorialidade pela população cabocla da Floresta de Araucária de Santa Catarina a partir de suas práticas sociais, espaciais e econômicas, que funcionavam como um fator de identificação, defesa e força legitimada pela memória. Essa territorialidade passa a se desestruturar com a inserção de uma nova dinâmica socioespacial, representada pela apropriação privada da terra, colonização e devastação das florestas.Palavras-chave: territorialidade, memória, comunidad… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
3
0
4

Year Published

2015
2015
2023
2023

Publication Types

Select...
7

Relationship

3
4

Authors

Journals

citations
Cited by 9 publications
(7 citation statements)
references
References 0 publications
0
3
0
4
Order By: Relevance
“…de uso e acesso em comum da terra, como o praticado, também, pela população cabocla do planalto e oeste catarinenses. Isso, por sua vez, fica evidenciado na paisagem, marcada pela "roça cabocla" e as atividades de criação e extrativismo, servindo, inclusive, como uma espécie de delimitação territorial dessas populações (Brandt;Nodari, 2011).…”
Section: Marlon Brandt / Samira Peruchi Morettounclassified
See 1 more Smart Citation
“…de uso e acesso em comum da terra, como o praticado, também, pela população cabocla do planalto e oeste catarinenses. Isso, por sua vez, fica evidenciado na paisagem, marcada pela "roça cabocla" e as atividades de criação e extrativismo, servindo, inclusive, como uma espécie de delimitação territorial dessas populações (Brandt;Nodari, 2011).…”
Section: Marlon Brandt / Samira Peruchi Morettounclassified
“…Com a colonização da região, as formas de uso e acesso à floresta e seus recursos sofreriam modificações e remodelações com a chegada desses novos moradores. Ao se instalarem nas terras, os colonos passaram a derrubar a floresta para a formação de lavouras cuja produção era voltada à comercialização de seus produtos, principalmente o trigo e o milho, diferentemente das pequenas roças formadas nas "terras de plantar" (Brandt;Nodari, 2011). Como as ações governamentais de promoção da colonização não reconheciam a posse dos caboclos, o destino de muitos destes, não sem resistência a esse processo, era a busca por novas terras mais distantes da colonização, reproduzindo suas formas tradicionais de uso da floresta, ou a inserção como assalariado em lavouras nas terras agora pertencentes aos colonos, como peão de serraria ou balseiros no escoamento da produção madeireira local via rio Uruguai aos mercados do Rio Grande do Sul e Argentina.…”
Section: Marlon Brandt / Samira Peruchi Morettounclassified
“…Hence it can be stated, as Brandt (2015b) shared form, with the development of practices consistent and sustainable with the environment, which established a significant degree of dependence on its maintenance. Based on a set of social, spatial and economic practices, grounded in tradition and memory, these also served as a kind of territorial delimitation of these populations (Brandt & Nodari, 2011). This landscape did not represent, then, 'just the occurrence of a plant species or a "patch," as might be said in cartographic terms, but…”
Section: Caboclo Landscapesmentioning
confidence: 99%
“…Roasted or boiled are the most common forms of consumption of pinhão by humans, being an important heritage from traditional populations in the southern region of Brazil (DANNER et al, 2012), creating a very important production chain in the states of Paraná, Rio Grande do Sul, and Santa Catarina. Some studies Santos et al, 2002;Silva and Reis, 2009;Brandt and Nodari, 2011;Figueiredo Filho et al, 2011;Danner et al, 2012;Zechine et al, 2012;Menegathti et al, 2014;Reis et al, 2014;Jacinto et al, 2016;Silva and Miguel, 2017 emphasize the importance of pinhão for the generation of income and maintenance of the regional culture of the populations of these states. However, there is a great gap regarding the knowledge of the production, use, and commercialization of pinhão in the other states where araucaria naturally occurs.…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%