Comunicação na transição do paciente oncológico para os cuidados paliativos: uma revisão integrativa

Abstract

O objetivo foi investigar as evidências acerca da comunicação na transição do paciente oncológico para os cuidados paliativos. Realizou-se uma revisão integrativa através da estratégia PICo, cuja questão norteadora foi “Quais as evidências acerca da comunicação na transição do paciente oncológico para os cuidados paliativos? As bases de dados foram MEDLINE, LILACS e BDENF através da Biblioteca Virtual em Saúde; Pubmed, Scopus e Web of Science. Foram identificados 14 artigos publicados no período de 2014 – 2018. Através da análise temática classificou-se duas categorias temáticas: 1- Barreiras da comunicação na transição para os cuidados paliativos 2- Estratégias para uma comunicação eficaz na transição para os cuidados paliativos. As categorias temáticas abordadas evidenciaram que a comunicação na transição para os cuidados paliativos ainda é um momento difícil e complexo para os profissionais de saúde, favorecendo barreiras comunicacionais entre a tríade equipe-paciente-família. Entretanto é um momento estratégico para planejar e redesenhar objetivos de tratamento, onde estratégias como uma comunicação honesta, o mais breve possível e contínua são importantes para uma comunicação eficaz.

Nurses assistance to children in palliative care: a study in the light of Jean Watson's theory

“…26 In addition, providing clear and sufficient information about the child's health situation to the child and their family members is an attitude of respect that promotes trust between them and the health professionals, values the autonomy of the child and their family, and assists in future decision-making, in care planning and in coping with the disease. 24,25 Corroborating our findings, a study carried out with 13 children and adolescents hospitalized in an oncology hospital in the southern region of Brazil highlighted the satisfaction of these patients in receiving information from health professionals about their clinical condition, recognizing such care as a remarkable moment of interaction with the team and strengthening of the bond. 26 It is worth mentioning that the establishment of effective communication is something challenging for nursing professionals, either because of the fear of inadequate understanding of the information by the children, or because of the fear of causing more suffering to them when communicating some difficult news, a fact that can make difficult the performance of the palliative nurse team.…”

“…It also allows for the individualization of care and the qualification of assistance, promotes feelings of security and well-being that positively influence the well-being of the child, and is therefore considered one of the fundamental pillars of palliative care. 24 In addition, it is shown as an indispensable channel of emotional support for the child's family, which also shares the suffering and anguish involved in the entire illness process. 25 Cancer imposes changes in routine and social interaction to the child, which can lead to social and affective isolation, as well as difficulty in adapting and accepting care.…”

Assistência de enfermeiros a crianças em cuidados paliativos: estudo à luz da teoria de Jean Watson

“…Permite, também, a individualização dos cuidados e a qualificação da assistência, promove sentimentos de segurança e bem-estar que influenciam positivamente o bem-estar da criança, sendo por isso considerada um dos pilares fundamentais da assistência paliativa. 24 Além disso, mostra-se como um canal indispensável de apoio emocional à família da criança que também partilha do sofrimento e da angústia que envolve todo o processo de adoecimento. 25 O câncer impõe à criança mudanças na rotina e na interação social, o que pode acarretar em isolamento social e afetivo, bem como dificuldade de adaptação e aceitação dos cuidados.…”

“…26 Além disso, fornecer informações claras e suficientes acerca da situação de saúde da criança para ela e seus familiares é uma atitude de respeito que promove confiança entre estes e os profissionais de saúde, valoriza a autonomia da criança e sua família, auxilia na tomada de decisões futuras, no planejamento de cuidados e no enfrentamento da doença. 24,25 Corroborando nossos achados, um estudo realizado com 13 crianças e adolescentes internados em um hospital oncológico na Região Sul do Brasil destacou a satisfação desses pacientes em receberm informações dos profissionais de saúde sobre o seu quadro clínico, reconhecendo tal cuidado como um momento marcante de interação com a equipe e fortalecimento de vínculo. 26 Vale ressaltar que o estabelecimento de uma comunicação efetiva é algo desafiador para profissionais da enfermagem, seja pelo receio da compreensão inadequada das informações pelas crianças, seja pelo medo de causar mais sofrimento a elas ao comunicar alguma notícia difícil, fato que pode dificultar a atuação da equipe paliativa.…”

Cuidados paliativos odontológicos a pacientes com câncer bucal

“…Desta forma, uma das estratégias preferidas para uma melhor qualidade da comunicação é que as más notícias ocorram sempre num local privado, permitindo a expressão pessoal e íntima dos pensamentos e sempre com a presença do grupo paciente-família-equipe (Carneiro & Júnior, 2022;Silva et al, 2021).…”