Introdução. Em 2019 um novo coronavírus denominado SarsCoV-2 potencialmente grave e com elevada transmissibilidade, demonstrou ter capacidade de produzir manifestações neurológias agudas e tardias à infecção, incluindo alterações cognitivas. Objetivo. Apresentar evidências cientificas com base em revisão sistemática, respondendo à pergunta norteadora: A COVID-19 constitui um risco para o desenvolvimento de alterações cognitivas a longo prazo? Método. Revisão Sistemática, com busca nas bases de dados PUBMED, SCIELO e LILACS, entre o período de janeiro de 2021 e março de 2022. O descritor Cognitive alteration foi combinado utilizando o operador booleano AND com os descritores: Post Coronavirus e post COVID-19 e seus correspondentes respectivos na língua portuguesa, inglesa e espanhola. Resultados. Os sintomas observados nos pacientes com COVID-19 foram: 62% alteração cognitiva, 27% ansiedade e depressão, 32,8% anosmia, 38,3% hiposmia e parosmia, 4,6% cefaleia, 1,4% turvação mental, além de fadiga e função executiva alterada. A maioria dos estudos apontaram alterações cognitivas, pós-COVID-19. Conclusão. As alterações cognitivas decorrente da COVID-19 resultam em significativos comprometimentos nas funções executivas da linguagem, memória, alterações do humor, orientação espaço-tempo e função viso-construtiva por múltiplas vias patogênicas, incluindo mecanismos infecciosos e pós-infeccioso.