No contexto da formação do preceptor em cenários de prática, na Residência Multiprofissional em Saúde, evidenciam-se questões importantes que caracterizam a relação e a influência das experiências colaborativas e do trabalho em equipe no seu processo de ensino-aprendizagem, principalmente, àquelas relacionadas à interprofissionalidade. O estudo teve por objetivo analisar os níveis de colaboração interprofissional no processo de trabalho em equipe e do cuidado no exercício da preceptoria. Trata-se de um estudo de campo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa. Como instrumento de coleta dos dados, foi aplicada a Escala de Avaliação da Colaboração Interprofissional em Equipe- AITCS II-BR (BISPO; ROSSIT, 2018). Os dados foram submetidos a análise atitudinal a partir das médias das assertivas e dimensões da escala, considerando-se três classificações por médias: Perigo (de 1,00 a 2,33); Alerta (de 2,34 a 3,65) e Conforto (de 3,66 a 5,00). Os resultados mostram que na dimensão da Coordenação, a assertiva A23 teve o menor índice (2,84), revelando o desafio em incluir os usuários na centralidade do cuidado. Na dimensão da Cooperação, todas as assertivas ficaram num mesmo patamar de médias (média geral – 4,24), perspectiva de análise muito satisfatória. Defrontou-se, também, com o desafio da integração na equipe para conciliar a dualidade entre as competências colaborativas e o contexto do serviço. A experiência da aprendizagem no trabalho interprofissional pode ser colocada como a chave para a Prática Interprofissional Colaborativa, a qual pode qualificar o trabalho em equipe a partir do diálogo e interação das várias áreas profissionais, no exercício da preceptoria em Programas de Residência Multiprofissional em Saúde.