Com Grandes Poderes Vem… O Que? Super-Heróis, Agressividade e Pró-Sociabilidade em Adolescentes

Abstract

Os super-heróis são parte da cultura contemporânea, tendo cada vez mais destaque, especialmente entre os adolescentes. Nesse sentido, compreender a influência desse tipo de personagem é necessário para o contexto social e educacional. Assim, o objetivo deste estudo foi compreender as relações entre o contato com super-heróis, a agressividade e a pró-sociabilidade, considerando o impacto da personalidade e do gênero dos participantes. Ao todo, 240 estudantes de uma escola pública entre 12 e 18 anos, responderam aos seguintes instrumentos: Escala de Contato com Super-heróis, Questionário de Agressão, Escala de Pró-sociabilidade, Big Five Inventory-10 e perguntas sociodemográficas. Foram utilizadas análise fatorial, análises descritivas, correlações bivariada e parcial e regressão linear múltipla para analisar as informações. Os resultados indicaram diferenças na relação dos construtos em respondentes do gênero feminino (quando o contato com super-heróis se associou positivamente à pró-sociabilidade) e masculino (quando o contato associou-se negativamente à pró-sociabilidade e positivamente à raiva). Contudo, não foram observadas relações de predição em nenhum dos casos. Assim, existe a possibilidade de propor meios para a concepção de intervenções que utilizem super-heróis para discutir o que leva alguém a ser agressivo ou pró-social.

Superhero media, aggression, and prosocialness: Relations in adults and gender's moderating role

“…Developed by Santos et al (2018), this one‐factor scale has seven items that address the frequency of exposure to different superhero media formats (e.g., “how often do you watch superhero movies?”) on a scale from “never” to “always.” One item also addresses how much the participant likes superheroes (from “I dislike them” to “I like them a lot”). However, this item was not used in the present study.…”

“…Prosocialness is a set of actions, behavioral intentions, and attitudes focused on helping and benefiting other people without directly related rewards (Santos et al, 2018). As discussed by Greitemeyer (2018), one of the ways we expand our prosocial repertoire is through observing role models, including those depicted by the media.…”

“…However, no studies with adult populations have investigated relations with prosocialness outside experimental design, even though research with adolescents (e.g., Mesurado et al, 2020; Santos et al, 2018) points to a positive relationship between these variables. The use of older samples is relevant because knowledge about prosocialness in the late stages of development is still reasonably scarce (Caprara et al, 2005).…”

The mediating role of music preference in the relationship between personality and pro-sociability

“…Pro-sociability is defined as a set of behaviors and attitudes focused on benefiting other people, without any reward directly related to this action (Santos et al, 2018). It is possible to distinguish this variable from some similar concepts, such as altruism (when no direct or indirect benefit is expected from the help), and volunteering (which involves helping with greater involvement, time and effort, not just a single action) (Lay & Hoppmann, 2015).…”

Questionário de Agressão de Buss-Perry versão reduzida (QA-R): análises estruturais

“…Estudos têm analisado a relação da agressão com os fatores pessoais (e.g., personalidade; Anderson & Bushman, 2001) e situacionais (e.g., exposição a drogas, mídias agressivas; Santos, Pimentel, Vasconcelos, Silva-Junior, & Abreu, 2018) Esta conduta vem sendo estudada na psicologia a partir de vários instrumentos psicométricos elaborados ao longo de vários anos (Bryant & Smith, 2001;Buss & Perry, 1992;Buss & Durkee, 1957). Buss e Durkee (1957) Com uma ampla amostra composta de 1.382 sujeitos pertencentes a diversos centros educativos da comunidade de Madrid, Rodríguez, Fernández e Gómez (2002) utilizaram-se do questionário original de Buss e Perry (1992) com 29 itens e um modelo de estrutura tetradimensional confirmando que nesta população, em termos gerais, o questionário de agressão permite medições válidas a agressão física e verbal, raiva e hostilidade em sujeitos espanhóis, assim os índices obtidos no estudo são semelhantes aos da escala original de Buss e Perry (1992).…”