2003
DOI: 10.1590/s0101-546x2003000300007
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Clóvis Moura e a sociologia da práxis

Abstract: Este trabalho vem contribuir para um (re)pensar a obra e a postura intelectual de um dos grandes pensadores brasileiros, Clóvis Moura, profícuo estudioso da história social do negro no Brasil. Analisa a conduta acadêmica deste cientista social radical e expõe, de forma incipiente, parte de sua trajetória de vida que muito contribuiu para suas acepções teóricas e práticas. Traz à tona a questão de sua tardia receptividade nos círculos acadêmicos. Palavras-chave:Clóvis Moura, história social do negro, Brasil, ne… Show more

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“…), no início da década de 1980 (ainda na ditadura, porém, no perío-do de "abertura democrática") por um dos principais intelectuais até aquele momento para o estudo da História da resistência negra à escravidão, especialmente sobre os quilombos. Moura foi também um militante comunista, inscrevendo-se em um conjunto amplo e diverso de militantes e intelectuais que produziram ao longo da História um marxismo enegrecido (Mesquita, 2016), -como Angela Davis e Fraz Fanon 8 . Sua comunicação, ao mesmo tempo que apresenta categorias e análises de um marxismo 7 Se afirmamos a necessidade de epistemologias não eurocêntricas em função do desenvolvimento da modernidade capitalista, é importante lembrar que a ex-colônia inglesa da América do Norte é, há muito, a principal força da expansão imperialista e, marcadamente, da dominação ideológica e cultural.…”
Section: Das Pedagogias Críticas à Descolonização: Apontamentos Sobreunclassified
“…), no início da década de 1980 (ainda na ditadura, porém, no perío-do de "abertura democrática") por um dos principais intelectuais até aquele momento para o estudo da História da resistência negra à escravidão, especialmente sobre os quilombos. Moura foi também um militante comunista, inscrevendo-se em um conjunto amplo e diverso de militantes e intelectuais que produziram ao longo da História um marxismo enegrecido (Mesquita, 2016), -como Angela Davis e Fraz Fanon 8 . Sua comunicação, ao mesmo tempo que apresenta categorias e análises de um marxismo 7 Se afirmamos a necessidade de epistemologias não eurocêntricas em função do desenvolvimento da modernidade capitalista, é importante lembrar que a ex-colônia inglesa da América do Norte é, há muito, a principal força da expansão imperialista e, marcadamente, da dominação ideológica e cultural.…”
Section: Das Pedagogias Críticas à Descolonização: Apontamentos Sobreunclassified
“…
Pretendemos neste artigo esboçar as diversas interpelações de Clóvis Moura (1925-2003 a História disciplinar na obra As Injustiças de Clio: o negro na historiografia brasileira (1990). Para isto, abordaremos, em um primeiro momento, através da trajetória intelectual de Clóvis as críticas que este fez ao cânone do "pensamento social brasileiro" antes da publicação da referida obra.
…”
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“…As injustiças de Clio revisitado Isto é importante para efeito desse texto, posto que nossa intenção não é somente enquadrar Clóvis Moura enquanto um crítico ao cânone do "pensamento social brasileiro", mas também afirmar o mesmo enquanto um "historiador da práxis negra" 5 que usou desta perspectiva particular para criticar o cânone branco da historiografia dominante. Sobre esta perspectiva escritos como Introdução ao pensamento de Euclides da Cunha (1964) este o fazia sob a ótica de reconstrução de um olhar sobre a historicidade da históriaconhecimento que teve pouca atenção de seus interpretes mais contemporâneos (MESQUITA, 2003;OLIVEIRA, 2009;SOUZA, 2013;OLIVEIRA, 2014;FARIAS, 2019;ANDRADE, 2019). Isto porque as indagações sobre o campo sociológico são muito mais conhecidas do que propriamente suas interpelações à historiografia.…”
unclassified
“…(MOURA, 1981, p.87) O quilombo, visto como fenômeno nacional, também é outro aspecto trazido no bojo dessas análises que permite insinuar a concretude e presença da população negra em todo o território, em contraposição a uma lógica de invisibilização dessa presença. A discussão sobre a visibilidade da obra de Moura aparece em Mesquita (2003) Essa visão de quilombo em constante diálogo com a história formata o conjunto da produção desses intelectuais negros entre os anos 30 e 60. Além disso, demonstra a influência e interlocução do movimento negro com a retomada do enfoque teórico e político sobre o tema, tal qual se apresentam nos efervescentes anos 70 e em cujo cenário Cardoso (2002, p.14) qualificou como a "primavera de maio do movimento negro", o que se tem como movimento social são as organizações de caráter operário e popular, amparadas na ideia de luta contra as desigualdades sociais e solidariedade entre os oprimidos, e tendo uma base discursiva elaborada na experiência da igreja católica, dos grupos de esquerda e sindicatos.…”
Section: Dos Anos 30 Aos 70: Resistências Histórico-culturaisunclassified
“…Eu acho que ele deu grandes contribuições, porque ele sistematizou, ele se debruçou sobre o tema. Outros também se debruçaram, mas tem outros temas também, não foi o tema central (MESQUITA, 2003,. p. 17 apud CALDERANO, 2002.…”
unclassified