2022
DOI: 10.15848/hh.v15i38.1841
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As injustiças de Clio revisitado: Clóvis Moura e a crítica da branquitude no campo historiográfico

Abstract: Pretendemos neste artigo esboçar as diversas interpelações de Clóvis Moura (1925-2003) a História disciplinar na obra As Injustiças de Clio: o negro na historiografia brasileira (1990). Para isto, abordaremos, em um primeiro momento, através da trajetória intelectual de Clóvis as críticas que este fez ao cânone do “pensamento social brasileiro” antes da publicação da referida obra. Em seguida, explicitaremos as principais linhas de força da obra em questão, para assim explicitar a tese de que esta é pioneira n… Show more

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“…A partir deste caminho, vale perguntar: chegamos no ponto onde é possível destacar o quanto a história, como disciplina moderna, compartilha dessa fundação eurocentrada e racista de forma direta -no sentido em que racializar implica políticas de historicidade nas quais a historiografia tem um papel destacado -e indireta -pois que a forma básica da constituição de identidade na modernidade é a recusa de um outro sem o qual o supostamente universal não teria fisionomia? Se as relações entre a historiografia como campo disciplinar, envolvendo modernidade, patriarcado e raça, têm sido discutidas 1 , sendo este ensaio um gesto nessa direção, sobre a história da historiografia brasileira, já é evidente o quanto nossos cânones operam por um silenciamento de autorias negras e/ou críticas aos racismos que nos constituem (Assunção, 2022).…”
Section: Introductionunclassified
“…A partir deste caminho, vale perguntar: chegamos no ponto onde é possível destacar o quanto a história, como disciplina moderna, compartilha dessa fundação eurocentrada e racista de forma direta -no sentido em que racializar implica políticas de historicidade nas quais a historiografia tem um papel destacado -e indireta -pois que a forma básica da constituição de identidade na modernidade é a recusa de um outro sem o qual o supostamente universal não teria fisionomia? Se as relações entre a historiografia como campo disciplinar, envolvendo modernidade, patriarcado e raça, têm sido discutidas 1 , sendo este ensaio um gesto nessa direção, sobre a história da historiografia brasileira, já é evidente o quanto nossos cânones operam por um silenciamento de autorias negras e/ou críticas aos racismos que nos constituem (Assunção, 2022).…”
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