A intenção desse ensaio é dialogar com alguns debates contemporâneos que enfrentam as relações entre conhecimento histórico, racismo e arquivo, especialmente pela leitura de Achille Mbembe, Grada Kilomba, Saidya Hartmann, concluindo seu percurso com Lélia Gonzales. Ao colocar no centro da discussão especialmente a vinculação entre arquivo e opressão epistêmica, pretendemos destacar como autores que se debruçaram a indagar a relação entre Modernidade e racismo perceberam o arquivo como uma limitação para a pluralidade de manifestações da vida humana. Consequentemente, e partir da amplitude de referências levantadas, passamos a problematizar o fazer historiográfico em sua faceta moderna e suas limitações.