Cirurgia bariátrica por bypass gástrico em Y de Roux: abordagem da técnica e de possíveis complicações tardias no pós-operatório

Abstract

Esse artigo buscou apresentar possíveis complicações pós-operatórias que se desenvolvem tardiamente após a realização da cirurgia bariátrica pela técnica bypass gástrico com anastomose em Y de Roux (BGYR) e os fatores que viabilizam minimizar essas intercorrências para que resulte em um prognóstico favorável. O estudo evidencia a importância dessa intervenção invasiva para o tratamento da obesidade e do sobrepeso, uma vez que são problemas crescentes e estão fortemente ligados a comorbidades que influenciam na morbimortalidade da população acometida. Discutem-se aspectos relevantes dos procedimentos cirúrgicos bariátricos gerais, quanto às classificações, características e recomendações avaliativas - indicações e contraindicações - para a admissão da cirurgia. O enfoque do trabalho voltou-se à técnica BGYR, cujo procedimento cirúrgico é apresentado de forma mais detalhada, além da demonstração das principais manifestações clínicas, diagnóstico e como são desenvolvidas as complicações pós-operatórias tardias recorrentes. Também, são vistos fatores relevantes que auxiliam no reconhecimento dessas complicações, assim como intervenções e formas de prevenção importantes para um bom resultado da técnica. Por fim, considera-se a importância do procedimento e das questões levantadas quanto às complicações e o manejo correto, objetivando contribuir positivamente para a abordagem.

Cirurgia bariátrica: atuação do enfermeiro na qualidade de vida pós-cirurgia

“…Ressalta-se que este protocolo está fundamentado na Teoria de Autocuidado de Orem. Rodrigues (2019) e Cassiano (2018) enfatizam a importância do acompanhamento ao paciente, no pré, trans e após a cirurgia bariátrica, evidenciando que o enfermeiro é o elo facilitador entre os demais profissionais e familiares, minimizando as dúvidas e medos relacionados à cirurgia, tendo papel fundamental na orientação do paciente, assim contribuindo para a boa adesão ao tratamento da obesidade e consequentemente pela recuperação e sucesso da cirurgia.As autoras ainda comungam do pensamento de Pires (2019), o qual afirma que o cuidar em enfermagem deve sempre buscar "promover a vida, o potencial vital, o bem-estar dos seres humanos na sua individualidade, complexidade e integralidade".…”

Manejo da obesidade: uma revisão narrativa dos tratamentos com foco na cirurgia metabólica

“…• No bypass gástrico em Y Roux pode ocorrer complicações no pós-operatório precoce (ex: deiscência da sutura, fístulas, esteanose, infecções e ou hemorragias), e no pós-operatório tardio (ex: hérnia interna, obstrução intestinal e/ou tromboembolismo pulmonar), e com efeitos colaterais tem-se flatulência, diarreia, doenças osteometabólicas e/ou deficiências nutricionais (Marra et al, 2021;Moura et al, 2021). Neste procedimento ocorre a má absorção vitaminas (B9, B12 e D), e ferro (Rodrigues, 2020).…”

Coletânea de trabalhos acadêmicos do Grupo Estudantil de Ensino, Pesquisa e Iniciação Científica (GEEPIC) do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

“…Sendo assim, é evidente inferir que a atenção integral ao paciente, avaliando suas condições pré e pós-operatórias são preditivas de um melhor prognóstico (RODRIGUES et al, 2020).…”

“…Portanto, é uma justificativa evidente sobre a prevalência desse quadro como uma das mais evidentes complicações tardias do bypass gástrico(DAMÁSIO et al, 2021).Ademais, outra complicação comum é o desenvolvimento de deficiências nutricionais (DN), entretanto, essa alteração é comum também às outras técnicas de CB, não sendo exclusiva no Bypass gástrico. Devido às alterações circunstanciais na fisiologia do trato gastrointestinal (TGI) e na sua anatomia é comum a ocorrência da deficiência de ferro e consequente anemia posterior, carência de zinco, magnésio, vitamina B1, B6 e B12, folato e vitamina A. Sendo assim, além da cirurgia induzir uma má absorção do organismo devido a todas as alterações cirúrgicas, o paciente precisa passar um período crítico de dieta reduzida e intolerância a alguns alimentos como por exemplo o consumo reduzido de carnes(RODRIGUES et al, 2020).Na tentativa de evitar possíveis futuras complicações foi desenvolvido um índice em que as complicações variam de acordo com a classe considerada após análise, o Bariatric Surgery Index for Complications (BASIC). Nesse índice os pacientes são classificados de acordo com a quantidade de fatores de risco pré-existentes em: Classe 77…”